A Neurociências no Brasil de 2006 a 2013, indexada na Web of Science : produção científica, colaboração e impacto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Hoppen, Natascha Helena Franz
Orientador(a): Vanz, Samile Andrea de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/107958
Resumo: Esta pesquisa trata de um estudo exploratório sobre a produção científica brasileira em Neurociências, com base nos artigos indexados na Web of Science no período de 2006 a 2013. Utiliza indicadores bibliométricos de produção, colaboração, impacto e de associação temática e os softwares BibExcel, Excel, Philcarto, SPSS e VOSviewer para visualizar características da área. No referencial teórico são apresentadas breves contextualizações sobre comunicação científica e indicadores bibliométricos, histórico da ciência e da Neurociências no Brasil, além de análises bibliométricas da área realizadas em outros países. A ausência de estudos com enfoque bibliométrico sobre a Neurociências brasileira se coloca como uma das justificativas da pesquisa. O corpus principal do estudo é composto por 9655 artigos e 57932 trabalhos constituem o corpus de documentos citantes. Constata crescimento linear da produção brasileira no período da pesquisa, com índice de crescimento maior do que a produção científica mundial da área; porcentagem de artigos publicados em inglês, em geral, maior do que para outras áreas de pesquisa, e preferência dos neurocientistas brasileiros por publicar seus trabalhos em periódicos estrangeiros em contrapartida à existência de publicações em português e em periódicos nacionais ligados a um único foco de pesquisa – a Psiquiatria. Psiquiatria, junto com Neurociências e Neurologia Clínica são as disciplinas de pesquisa com maior frequência na pesquisa brasileira de Neurociências, seguidas pela Farmacologia & Farmácia, Cirurgia, Bioquímica & Biologia Molecular e Ciências do Comportamento. A Ciências do Comportamento, presente na definição de autores brasileiros sobre a área, demonstra possuir significativa relevância no escopo nacional (maior do que a indicada em outros países) e se diferencia das demais ciências em seus modos de produção de artigos. Já as áreas comumente voltadas ao estudo de doenças degenerativas (Genética & Hereditariedade, Oncologia, Enfermagem, Abuso de Substâncias, Bioquímica & Biologia Molecular, Psicologia e Farmacologia & Farmácia) possuem similaridade quanto à frequência de produção e impacto, quando voltadas às pesquisas em Neurociências. A pesquisa em Neurociências se mostra transdisciplinar, visto que abrange estudos publicados em 71 áreas distintas, segundo classificação dos periódicos na Web of Science. Os modos de produção da área também se mostram transdisciplinares quando analisados no escopo dos temas de pesquisa, que se bifurcam em temas ligados à pesquisa básica e experimental e à pesquisa clínica. Além disso, a produção científica brasileira em Neurociências se mostra bastante concentrada em um número reduzido de autores, regiões do país e, principalmente, instituições, sendo a maior parte advinda de universidades públicas do país, de estados do sudeste e sul, porém com maior participação do setor privado do que a observada em outras áreas do conhecimento (principalmente universidades e hospitais privados). A colaboração ocorre em 98,57% da produção científica brasileira de Neurociências, sendo 60,79% colaboração interinstitucional e 29,4%, internacional. Os principais parceiros do Brasil na colaboração internacional são EUA, Colômbia, Argentina e Reino Unido, e as citações são recebidas de autores vinculados a instituições de todos os continentes do globo.