Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Daphne Tórgo de |
Orientador(a): |
Lenz, Guido |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263738
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Resumo: |
O nucléolo é uma subestrutura nuclear organizada ao redor das regiões cromossomais que codificam os rRNAs, tendo como função principal formar as subunidades ribossomais. Considerando a taxa proliferativa aumentada de células tumorais, o nucléolo tem papel importante no processo de tumorigênese. Uma vez que ele reflete diretamente na capacidade celular de crescimento e proliferação, a necessidade de uma maior síntese proteica vai resultar em uma biogênese ribossomal aumentada. O número e tamanho de nucléolos é uma característica frequentemente alterada em vários tipos tumorais, onde nucléolos maiores e em maior número estão associados com uma superprodução ribossomal. Por conta disso, a morfologia nucleolar é considerada como fator de prognóstico para desfechos clínicos, correlacionado com a taxa proliferativa tumoral. Porém, não existem informações que descrevem qual o papel do nucléolo para a sobrevivência da célula tumoral frente a estresses como a quimioterapia, tampouco se ocorrem mudanças morfológicas nucleolares após o tratamento quimioterápico. O presente trabalho caracterizou a resposta de células de glioblastoma, que carregam uma mutação no gene TP53, submetidas a tratamento quimioterápico agudo com temozolomida (TMZ). O estresse induzido por TMZ resultou em mudanças morfológicas nucleares e nucleolares e no aumento da expressão de Ki67, um marcador de proliferação. Visando entender melhor sobre o papel do nucléolo e da via de estresse nucleolar na resposta à quimioterapia, também caracterizamos e comparamos a resposta entre a mesma linhagem de glioblastoma com outra, que carrega o gene tipo selvagem, em relação à combinação de tratamento de TMZ com Actinomicina-D, um indutor de estresse nucleolar. Foi possível observar diferenças de resposta entre as duas linhagens, onde a linhagem com fenótipo selvagem para p53 respondeu à indução de estresse nucleolar, apresentando diminuição do tamanho nuclear após a combinação de tratamento. Os resultados obtidos nesse trabalho mostraram que o nucléolo de células de glioblastoma de alto grau respondem ao tratamento quimioterápico agudo com mudanças morfológicas observáveis. Além disso, foi possível inferir que células que carregam mutação na proteína p53 são menos responsivas à indução de estresse nucleolar. De alguma forma, o nucléolo participa ou é impactado pela resposta de estresse induzida pela quimioterapia, e se isso for investigado mais além, pode nos dar uma perspectiva mais aprofundada da importância da resposta nucleolar para a sobrevivência no câncer. |