Avaliação dos efeitos antitumorais agudos e crônicos em resposta ao tratamento com temozolomida e sua combinação com vimblastia e mebendazole em células de glioblastoma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Andrew Oliveira
Orientador(a): Lenz, Guido
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/150589
Resumo: Apesar dos progressos na compreensão da biologia dos Glioblastomas (GBM), poucos avanços terapêuticos foram obtidos, desde que a Temozolomida (TMZ) foi implementada, em 2005, como quimioterápico padrão no tratamento de GBMs. Uma das justificativas para o insucesso de novas terapias, pode estar relacionada com a condução equivocada dos experimentos in vitro, que utilizam doses exorbitantes dos fármacos e curtos períodos de tempo para avaliar sua eficácia terapêutica, não refletindo a realidade clínica da doença. Desta forma, o objetivo deste trabalho é caracterizar in vitro os efeitos da TMZ, mimetizando parâmetros clínicos, como dose plasmática e regime de tratamento em pacientes, e investigar possíveis fármacos de ação adjuvante à TMZ. Primeiramente, uma nova metodologia de análise de ensaios de proliferação celular a longo prazo foi proposta, a fim de quantificar os efeitos antitumorais crônicos de diferentes intervenções in vitro e in vivo. Em seguida, foram confirmados os principais mecanismos agudos desencadeados por TMZ e constatou-se a conservação do seu efeito antitumoral até uma semana após o fim do período de exposição ao fármaco. Apesar disso, em todas células de GBM testadas, houve a manutenção de subpopulações sobreviventes que readquiriram sua capacidade proliferativa, dentro do período de 28 dias. Aplicando a nova metodologia proposta, constatou-se que nenhum mecanismo ou ensaio utilizado neste trabalho foi capaz de predizer o comportamento proliferativo das células sobreviventes, mostrando a importância da análise crônica in vitro para avaliar a eficácia terapêutica de um tratamento. Então, o potencial adjuvante de Vimblastina (VBL) e Mebendazole (MBZ) foi testado e ambos causaram redução inicial na população, seguida de um recrescimento das células sobreviventes. Quando combinadas com TMZ, viu-se um completo bloqueio na proliferação durante todo o período analisado, menos em U138 e C6, que apresentaram efeitos semelhantes à utilização isolada de VBL ou MBZ. Já a combinação de MBZ, TMZ e VBL (MTV) reduziu consideravelmente a proliferação de C6 e U138, em 28 dias de análise. Portanto, a análise da proliferação celular in vitro a longo prazo, através desta nova abordagem proposta, parece ser uma forma mais adequada de investigar a eficácia terapêutica novos regimes de tratamento, e as combinações entre TMZ, VBL e MBZ parecem representar uma estratégia terapêutica promissora de ser testada em ensaios in vivo, como nova sugestão de tratamento para este tipo tumoral.