Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Delabary, Marcela dos Santos |
Orientador(a): |
Haas, Aline Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/185813
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Resumo: |
Introdução: A doença de Parkinson (DP), caracterizada por ser crônica, progressiva e neurodegenerativa, é uma das enfermidades neurológicas mais frequentes na atualidade. Pacientes com DP apresentam prejuízos motores, como rigidez muscular, tremor de repouso, lentidão de movimentos, instabilidade postural, e alterações na marcha e no equilíbrio; e distúrbios não-motores, como fatores cognitivos e neuropsiquiátricos, depressão, e uma consequente diminuição da qualidade de vida (QV). Apesar de a caminhada ser considerada tradicionalmente uma recomendação médica no tratamento não farmacológico da DP, a dança vem surgindo como uma importante ferramenta no tratamento complementar destes pacientes, quando somada a terapias medicamentosas tradicionais. Objetivo: Verificar e comparar os efeitos de um programa de dança e de caminhada na mobilidade funcional, nos parâmetros motores e na QV de pessoas com DP. Métodos: foi elaborado um protocolo de aulas de dança inspirado em ritmos musicais brasileiros: forró e samba. A amostra foi composta por 18 participantes com DP, divididos de forma não randomizada, em dois grupos: grupo dança (GD; n = 12) e grupo caminhada (GC; n = 6), expostos a 24 aulas de dança ou caminhada, com duração de uma hora e frequência de duas vezes por semana. Os instrumentos de coletas de dados utilizados foram uma ficha de dados pessoais dos pacientes, a Escala de Hoehn e Yahr (H&Y), o teste Timed Up and Go (TUG), a parte motora da Escala Unificada de Avaliação da DP (UPDRS III), o Índice de reabilitação (IR), a análise cinemática da caminhada e o Parkinson Disease Questionnaire (PDQ-39). A normalidade dos dados descritivos no momento inicial da pesquisa foi verificada através do Teste Shapiro-Wilk, foi utilizado o Teste Wilcoxon para dados não paramétricos e o Teste t pareado para dados paramétricos. Para os desfechos da pesquisa foram utilizados a análise de Equações de Estimativas Generalizadas (GEE), para a comparação entre os grupos GD e GC, os tempos PRÉ e PÓS intervenção, e interação tempo*grupo. Foi utilizado um posthoc de Bonferroni, para identificar as diferenças entre as médias em todas as variáveis. Para a análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versão 20.0. O nível de significância adotado para ambos os testes foi de α<0,05. Resultados: Foi realizado um protocolo detalhado das intervenções. Os dois grupos apresentaram melhorias significativas após a intervenção em relação a mobilidade funcional na velocidade autosselecionada (VAS) (p = 0,02) e na velocidade rápida (VR) (p = 0,02), ao tempo de contato (TC) (perna esquerda VAS, p = 0,0028; perna direita VR, p = 0,009; perna esquerda, VR p = 0,025), ao tempo de balanço (TB) (perna esquerda VAS, p = 0,0028), a fase de duplo apoio (FDA) (perna direita VR, p < 0,001), a QV geral (p = 0,004), e aos domínios de bemestar emocional (p = 0,001), cognição (p = 0,020) e desconforto corporal (p = 0,008). O GD apresentou melhores resultados em comparação com o GC para os desfechos de Frequência de passos (FP) (p = 0,011) e o domínio de atividades de vida diária (AVDs) (p = 0,049). Conclusão: Ambos os grupos, GD e GC, apresentaram melhorias significativas após o período de intervenção, demonstrando que a dança é tão eficiente quanto a caminhada para a mobilidade funcional, parâmetros motores e a qualidade de vida de indivíduos com DP. |