Comportamento social de machos e fêmeas castrados do gato doméstico (Felis catus L.) em confinamento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Paula Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-15092003-204205/
Resumo: O gato doméstico (Felis catus L.) exibe uma grande flexibilidade em seu comportamento social e no seu estilo de vida. Isto é devido a vários fatores, entre eles, disponibilidade de alimento e refúgio, mudanças ambientais, interação com o homem, composição dos grupos, características genéticas e a castração. Os animais machos e fêmeas não castrados e de vida livre exibem um repertório comportamental distinto, os machos tendem a ter uma vida mais solitária vagando por amplas extensões territoriais, enquanto que as fêmeas exibem uma vida mais gregária. O objetivo deste trabalho foi examinar o comportamento social de gatos domésticos castrados, machos e fêmeas, em confinamento com a intenção de se verificar os efeitos da castração no comportamento e se o repertório comportamental de ambos é sexualmente dimórfico, através das análises de freqüência e seqüência das categorias comportamentais. Foram levantadas 18 categorias comportamentais sociais e 12 categorias não sociais e foi observado o comportamento de 40 gatos domésticos machos (n=18) e fêmeas (n=22) num ambiente confinado (gatil) com área total de 19,2 metros quadrados, durante um período de 11 meses totalizando 160 horas de observação. Cada animal foi observado durante 15 minutos em cada sessão de observação, utilizando-se o método de amostra focal do comportamento. A análise de freqüência das categorias comportamentais sociais e não socais foram feitas através do teste estatístico não paramétrico de Mann-Whitney com nível de 5% de significância (p=0,05). Os resultados do teste não mostraram diferenças significativas entre os grupos de machos e fêmeas, indicando, assim, existir influência da castração nos comportamentos de ambos os grupos, ainda que preservando a individualidade dos animais. Contudo a análise seqüencial do comportamento mostrou uma mínima diferença entre os machos e fêmeas castrados mesmo na ausência da regulação hormonal do comportamento. Portanto conclui-se que parte do comportamento dos gatos não sofre influência hormonal e que o método de análise seqüencial do comportamento é refinado o suficiente para mostrar características comportamentais que não foram mostradas pela análise de freqüência.