Visões e devires de uma professora : a violência da sensação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Prates, Adriana Pedrassa
Orientador(a): Zordan, Paola
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/83821
Resumo: A presente dissertação se inscreve nas fronteiras da Educação, da Arte e da Filosofia. É produto das artistagens do pensamento em exercícios de escrita conceitual e fabulatória, assim também como do desenho. Tudo se dá por uma necessidade: a da decifragem. Acometida por forças que desconhece, uma professora vê erguer, como gigantes, cinco expressões picturais e sonoras puras – visões paradas no tempo e no espaço - em diferentes lugares da instituição escolar, tornando-a irremediavelmente irreconhecível. Ao estranhar o outro - professores, alunos, aulas - é a si mesma, no entanto, que a professora estranha, seus próprios espaços-tempos é que são violentamente invadidos. Não obstante, o esforço que se move não segue na tentativa de um (re)encontrar ou de um (re)encontrar-se, como algo que de antemão, já é dado, muito pelo contrário. O pensamento, expulso de sua pretensa acomodação, é lançado a uma aventura involuntária que faz com que, no encontro com as visões que sofre, à maneira de um artista que trabalha, lute por arrancar de cada qual, perceptos e afectos, ou seja, a Figura como a forma sensível da sensação, conceito este tomado como vital. Na simultaneidade da destruição e da criação que engendra, essa dissertação aparece, principalmente com Deleuze, mas também com Nietzsche, Foucault, Proust, Valéry, Guattari, Bergson, Blanchot, Barthes, o pintor Francis Bacon e outros tantos tão amados, como o exercício de um eterno vir a ser - devires infindos se dão via a constituição de um processo de sensibilização que, ao jogar estética na existência, aciona o pensar do pensamento. Os agenciamentos que daí resultam, vêm como o traçado de intensidades inteiramente implicadas com a produção de novos modos de vida. A importância que isso apresenta é a mesma que faz dizer sobre a necessidade do contato das pessoas com a arte ou, o que é indispensável afirmar, dos alunos, com a arte, nas escolas.