Superfície-tátil: corpo, gesto e formação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Marcos Vinícius Amaral lattes
Orientador(a): Clareto, Sônia Maria lattes
Banca de defesa: Rotondo, Margareth Aparecida Sacramento lattes, Carvalho, Fabrício da Silva Teixeira lattes, Mossi, Cristian Poletti lattes, Barros, Laura Pozzana de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Art
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10479
Resumo: A presente produção constitui-se através de uma lógica das superfícies, em que uma sensação sem imagem se materializa através dosestados indistintos de uma escrita em Educação. A pesquisa exercita um gesto formativo que negocia uma produção de conhecimento pela via da arte e da ficção de corpo. Cada lâmina é um lugar, cara a cara, folha a folha, singularidades de um corpo sem localização.Propõe-se uma tese para tocar, ler, mover, entrar e sair sem comando através de um procedimentoque explora a superfície do corpo e da linguagem. As placas de sensação possuem coisas mínimas e dependem da maneira em que são tocadas; variação tátil em cada toque. À medida que se toca nos espaços de uma lâmina outras relações se produzem. Tais espaços de experimentação podem ser quase definidos como uma produção de sentido que se propaga, a ponto do corpo da palavra se constituir como um efeito dessa superfície movente. As lâminas oferecem pistas para dizer a que veio esta produção acadêmica, apontando uma maneira singular de fazer tese, ou mesmo, um gesto de escrita que se produz numa exploração entre a produção de arte e a produção de conceito, em que corpo do sentido nunca está instituído, mas é sempre uma composição provisória. Enfatiza-se que o movimento da obra de arte engendra um pensar na superfície do conhecimento, em que os gestos do sentido se tornam possíveis naquilo que se pode conhecer através de uma ficção de um corpo, que se inscreve pela sensibilia. Tal ficção, aliando filosofia e arte, carna no pensamento uma referência sinestésica de linguagem, em que os processos de subjetivação se conectam a um elemento vivo ou a um ponto aleatório através de conceitos e visualidades. De modo que, os efeitos gerados por toda essa materialidade, buscam atritar os conceitos com os processos de formação e escrita conectados com um corpo em estado de arte. Portanto, através desse jeito de fazer tese, ou, através dessas válvulas da sensação que se articulam, pergunta-se: - Que modos de vida são afirmados através desse exercício de escrever dançar formar pesquisar em Educação? Através desses procedimentos,o que torna um corpo uma maneira potente de conhecer está naquilo que o confunde, a vianda que quase o exprime através de um sentido carnado. Assim, a noção de campo problemático da tese tem urdido vários sentidos: de um corpo desencaixado, como um lugar das questões táteis, de um espaço fértil para a subversão do sentido e como uma formação variável pela via de um pensar com o corpo. Explora-se um espaço indistinto entre a produção da arte e a produção acadêmica, onde não existem mais fronteiras entre os conceitos e as sensações, que solicitam um mecanismo de escrita que é efeito de causas corporais,atritos, ficções e composições efêmeras.