Uso da melatonina na hipertensão arterial pulmonar e seus efeitos sobre parâmetros funcionais do ventrículo direito e da artéria pulmonar e sobre o estresse oxidativo no pulmão de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lisboa, Cristiane Dias
Orientador(a): Castro, Alexandre Luz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282332
Resumo: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é caracterizada por remodelação vascular, obstrução arterial pulmonar e resistência vascular pulmonar elevada, resultando em uma sobrecarga do ventrículo direito (VD) e levando a uma insuficiência cardíaca e morte. Um dos principais estímulos para o processo de remodelação vascular são os danos oxidativos mediados pelas espécies reativas de oxigênio (ROS) e os processos inflamatórios. Estudos sugerem que a melatonina devido aos seus efeitos antioxidantes, possa desempenhar um papel importante na HAP. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da melatonina sobre os parâmetros morfológicos e funcionais do VD e da artéria pulmonar e parâmetros de estresse oxidativo no pulmão de ratos com HAP. Para esse estudo foram utilizados ratos machos Wistar, com 45 dias de idade divididos em três grupos: Controle (CTR); Monocrotalina (MCT); Monocrotalina + Melatonina (MCT + MEL). O protocolo experimental teve duração de 21 dias. A HAP foi induzida com uma única injeção intraperitoneal de MCT (60mg/kg) no primeiro dia do protocolo experimental. O tratamento com melatonina (10mg/kg) teve início a partir do segundo dia e foi até o último dia de protocolo, quando os animais foram eutanasiados logo após a ecocardiografia. Os animais que receberam MCT apresentaram uma diminuição no tempo de aceleração do fluxo sanguíneo pela artéria pulmonar (TAC) e na razão (TAC/TEJ). O tempo de ejeção (TEJ) do sangue para a artéria pulmonar e o diâmetro arterial na sístole não demonstraram diferença entre os grupos. No que se refere aos parâmetros sistólicos e diastólicos analisados, o TAPSE se mostrou reduzido no grupo MCT indicando um prejuízo na função contrátil do VD. Para este parâmetro, a melatonina preveniu uma piora da contratilidade do VD, apesar da resistência aumentada. A FAC (%), a frequência cardíaca, o débito sistólico e o Pico E não se mostrou diferente entre os grupos, ao contrário do Pico A, que nos animais afetados pela HAP está aumentado. Observamos menos ganho de peso corporal e hepático, congestão pulmonar e hipertrofia do VD nos animais que receberam MCT. Com relação aos parâmetros de estresse oxidativo avaliados no tecido pulmonar, os animais com HAP apresentaram uma redução nos níveis de ROS. Sobre os níveis de TBARS, nitritos e xantina oxidase, não ocorreram diferenças entre os grupos. Quanto aos parâmetros antioxidantes analisados, os níveis de sulfidrilas e a atividade da enzima catalase, não apresentaram diferenças entre os grupos. Nossos resultados sugerem que a melatonina é de interesse na HAP, porém são necessários mais estudos sobre o seu papel protetor e seu potencial terapêutico, abrindo novas perspectivas na prevenção e tratamento desta doença.