Avaliação e intervenção psicomotora para crianças com Transtorno do Espectro Autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Cintia Campos
Orientador(a): Assis, Silvana Maria Blascovi de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28628
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta sinais precoces no decorrer da primeira infância. A identificação desses sinais precocemente tem sido alvo de pesquisas, pois oportuniza intervenções adequadas fundamentais para o prognóstico do desenvolvimento infantil. O objetivo deste estudo foi elaborar e avaliar o efeito de um programa de intervenção fisioterapêutica, baseado em atividades psicomotoras associado com estratégias comportamentais da Análise do comportamento aplicada (ABA), no desenvolvimento de crianças com TEA, nas áreas pessoal-social, motor fino-adaptativo, linguagem, motor grosso e comportamento. Método: O estudo de intervenção com caso controle, de caráter descritivo e comparativo ocorreu na cidade de Porto Velho, no Estado de Rondônia e teve uma amostra de 22 crianças do sexo masculino, com idade entre 2 e 5 anos, que foram classificadas com TEA pela escala de rastreio CARS. As crianças foram avaliadas com o uso dos instrumentos ASQ 3, Denver II e CBCL e posteriormente foram divididas em dois grupos aleatórios GI (intervenção) e GC (controle). Um protocolo de intervenção foi elaborado com 21 atividades e estratégias comportamentais e foi aplicado nas crianças do GI, com frequência de duas vezes por semana. Após 2 meses, as crianças foram reavaliadas para verificar a eficácia da intervenção. Resultados e Discussão: Os instrumentos ASQ-3 e CBCL foram aplicados de forma satisfatória, sendo possível classificar as crianças avaliadas de acordo com a proposta do teste. No entanto, a aplicação do Teste Denver II foi conclusiva apenas em crianças com grau leve e moderado do TEA. O protocolo de intervenção teve como foco principal a estimulação e desenvolvimento dos aspectos motores, contudo, foi elaborado utilizando estratégias comportamentais baseadas na Análise do comportamento (ABA) e isso contribuiu para melhorar o desempenho em outras áreas do desenvolvimento infantil, além da motora. As crianças com TEA apresentaram prejuízos no desenvolvimento nas áreas de domínios motor grosso e fino, pessoal-social, resoluções de problemas e comunicação. A intervenção favoreceu o melhor desenvolvimento do GI, com resultados significativos para algumas das variáveis estudadas, indicando que os efeitos do programa foram benéficos ao desenvolvimento. Conclusão: O protocolo de intervenção fisioterapêutica elaborado neste estudo, baseado na psicomotricidade com a utilização de estratégias comportamentais, foi eficaz para a melhora do desenvolvimento infantil. A partir dos instrumentos utilizados na pesquisa foi possível identificar e descrever o desenvolvimento de todas as crianças com sinais de TEA e verificar a eficácia do protocolo de intervenção fisioterapêutica.