Capacitação do profissional da educação infantil: identificação precoce de sinais do transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Carine Ramos de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151273
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser definido como um transtorno do desenvolvimento neurológico com base genética, identificável na primeira infância, com prejuízo persistente na comunicação social, presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividade, que limitam e prejudicam o desenvolvimento do indivíduo (APA, 2014). Este estudo parte do pressuposto que conhecer as características do TEA possibilita a identificação precoce dos seus sinais e, consequentemente, o encaminhamento de crianças para uma avaliação especializada. Dentro desta perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo investigar e descrever o conhecimento e a experiência de profissionais da educação infantil com crianças com TEA e, elaborar, implementar e avaliar a eficácia de um programa desses profissionais para a identificação precoce de sinais do transtorno. Para tal esta pesquisa foi dividida em dois estudos. O primeiro teve como objetivo investigar e descrever o conhecimento de profissionais de Educação Infantil sobre o TEA, o contato destes com este transtorno ao longo de sua carreira na educação, suas decisões ao identificar crianças com sinais de TEA, os encaminhamentos caso tenha como aluno com este diagnóstico e, sua opinião sobre a importância do diagnóstico precoce para a educação infantil. Participaram deste estudo 170 profissionais de 22 escolas da rede pública municipal de Educação Infantil de um município do interior de São Paulo. Os dados indicaram desconhecimento dos profissionais a respeito da definição e características do transtorno, apesar da maioria dos profissionais afirmarem ter tido contato com pessoas com TEA. Observou-se, também, o despreparo e insegurança destes em relação ao trabalho com crianças com este transtorno, o que indica a necessidade de uma capacitação sobre o TEA para os profissionais de Educação Infantil visando à identificação precoce do mesmo. O segundo estudo visou elaborar, implementar e avaliar um programa de capacitação de profissionais da educação infantil para a identificação precoce dos sinais de TEA. Participaram do estudo 126 profissionais da Educação Infantil de 22 escolas da rede pública municipal de um município do interior de São Paulo. A capacitação foi composta por três encontros onde foram abordados: o conceito e características típicas do TEA, a prevalência do TEA na população, três escalas de rastreamento de sinais de TEA, possíveis encaminhamentos para avaliação dos sinais, entre outros temas. A avaliação da eficácia desta capacitação foi realizada comparando o desempenho dos profissionais em três momentos: antes da capacitação, imediatamente após e quatro meses depois (follow-up). Os resultados indicaram que a capacitação foi eficaz para a aquisição e manutenção de conhecimentos a respeito do TEA para este público, aumentando a chance de identificação precoce de sinais para o TEA e o consequente encaminhamento para uma avaliação especializada de uma equipe multiprofissional.