Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Raszeja, Bruno Chagas |
Orientador(a): |
Rizolli, Marcos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/29105
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Resumo: |
A pesquisa aborda uma possível presença da defesa maníaca em fotos de pessoas falecidas que estão publicadas na rede social Instagram. A noção de defesa maníaca foi desenvolvida por Melanie Klein, no prolongamento das concepções de Sigmund Freud acerca da mania. Por meio desta modalidade defensiva, o sujeito evita a ansiedade depressiva. A rede social Instagram, atualmente, ultrapassa a casa de um bilhão de usuários e foi originada no ano de 2010, por Kevin Systrom e Mike Krieger, permitindo não somente a interação entre os seus usuários a partir de comentários e de atribuição de likes, mas também o compartilhamento de fotos e vídeos. Figueiredo (2017) incluiu as redes sociais em uma cultura adjetivada por ele de “cultura da mania”, explanando que a defesa maníaca está presente na permanente hiperatividade destas redes, mas não se aprofundou em uma rede social específica, da mesma forma que não identificou quais outros aspectos mais destas redes são possíveis de se compreender por meio do conceito de defesa maníaca. Além disso, Vertzman e Coelho Junior (2019) observam que há pouco referencial na psicanálise atualmente acerca da mania, investiga-se muito mais referencial para a melancolia e a depressão, sendo que a mania seria encarada como um apêndice. Além destes dados descortinados acima, atualmente no Instagram as publicações com a hashtag “luto” ultrapassam a casa de 2 milhões, sendo que uma expressiva parte deste total numérico é composta por fotos de pessoas falecidas. Em 2021, esse fenômeno adquiriu mais complexidade a partir do momento em que um aplicativo chamado “Deep nostalgia” conferiu uma pseudovida para essas fotos no Instagram. Indo além do aspecto de permanente hiperatividade das redes sociais, descortinado por Figueiredo (2017), esta pesquisa voltou-se para o aspecto imagético da rede social Instagram, delineando uma possível perspectiva interdisciplinar, composta por autores principalmente da psicanálise e da história da arte. Empregou-se um procedimento metodológico exploratório para haver uma familiarização e um exame acerca deste fenômeno sociocultural contemporâneo que é pouco visado. A pesquisa revelou que a partir da linguagem visual que advém das fotos, consteladas à maneira warburguiana, de pessoas falecidas, há tanto uma possível presença da defesa maníaca quanto a existência de um pathosformel da defesa maníaca, sendo que este último estaria manifestando-se desde o período do Renascimento nos fenômenos visuais no mundo ocidental. |