Barreiras e facilitadores para relações de confiança em contexto organizacional: estudo em uma multinacional de serviços para o comércio na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Freitas, Daiane Santana lattes
Orientador(a): Almeida, Cleverson Pereira de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/27851
Resumo: O objetivo do presente trabalho é identificar e discutir barreiras e facilitadores para que relações interpessoais, em contexto de trabalho, sejam pautadas por confiança recíproca, em uma empresa multinacional de tecnologia e serviços para o comércio, na cidade de São Paulo. Empregou-se método misto, no qual a abordagem qualitativa é integrada a um projeto quantitativo maior. Os dados foram coletados por meio de survey com inclusão de perguntas abertas, para enriquecer a análise. Participaram funcionários de diferentes áreas da empresa, chegando-se a 78 participantes (com respostas válidas) para o inventário e 75, para as duas questões abertas. Os dados numéricos resultantes da aplicação do instrumento foram analisados a partir de análise descritiva, como exploração inicial dos dados. Complementarmente, adotaram-se os testes Z e de Friedman para comparação de médias de amostras independentes e amostras associadas ou pareadas, respectivamente. Foi aferido o nível de confiança interpessoal, em três esferas: entre subordinados e superiores, entre pares (colegas de trabalho) e do indivíduo em relação à equipe de trabalho, tanto na dimensão pessoal como na dimensão profissional. Como resultado, o nível de confiança no gestor revelou-se o maior, sendo menor em relação ao colega de trabalho. Nas três esferas, o nível de confiança na dimensão pessoal foi menor do que na dimensão profissional. Para os dados textuais, utilizou-se a análise de conteúdo (pré-análise; exploração do material; e tratamento dos resultados, inferência e interpretação). Quanto aos fatores que contribuem para a construção de confiança, foram identificadas duas categorias: 1. “Gestão descentralizada”, que abrange as subcategorias: delegar responsabilidades mais complexas e desafiadoras; humanização da gestão; compartilhamento de informação sigilosa, liberdade / autonomia e reconhecimento; e 2. “Equipe colaborativa”, que contempla: cooperação; consertar ou assumir o erro ao invés de expô-lo; amizade verdadeira, treinamentos, empatia e comprometimento. Quanto ao que mais contribui para rompimento de uma relação de confiança, duas categorias: 1. “Gestão obsoleta”, que abrange as subcategorias: favoritismo; hierarquização da gestão; avaliação profissional enviesada e falta de oportunidade; e 2. “Relações danosas”, abarcando um conjunto de “faltas”: de honestidade, de cumplicidade e de comunicação; e quebra de confidencialidade. Buscou-se contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o tema, identificando aspectos passíveis de atuação de gestores, para que relações de confiança interpessoal em contexto de trabalho possam ser estabelecidas e preservadas.