Caracterização do perfil cognitivo e avaliação da memória de trabalho na síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Duarte, Cintia Perez lattes
Orientador(a): Macedo, Elizeu Coutinho de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/22647
Resumo: A memória de trabalho é caracterizada por ser um sistema de capacidade limitada responsável por manter e manipular informações por um curto período de tempo, que são subjacentes à capacidade de pensamento complexo e aprendizado. Pessoas com síndrome de Down apresentam prejuízos referentes à memória de trabalho e, em geral, não conseguem manter informações em um curto período de tempo, o que pode levar a dificuldades no aprendizado, desenvolvimento de linguagem e pensamentos complexos. O Estudo 1 teve como objetivo caracterizar o perfil cognitivo de pessoas com síndrome de Down, com idades entre 6 e 45 nos (M=16,64, DP=9,9555), por meio dos testes WISC-III, WAIS-III, TVIP, Token-Comp e FAS-Animais e Frutas. Resultados indicaram funcionamento cognitivo abaixo da média, porém com diferença significativa entre QI verbal e QI execução, com melhor desempenho referente ao QI de execução. Notou-se uma tendência no desenvolvimento e ampliação de vocabulário receptivo com avanço da idade, mas o mesmo não ocorre com a fluência verbal. As palavras acompanhadas de processamento semântico foram mais evocadas do que o fonológico, ou seja, a maioria possui organização de conceitos e classes semânticas, mas não têm domínio dos aspectos fonológicos e estruturais das palavras. Também apresentaram dificuldade para manter e manipular informações verbais. O Estudo 2 comparou o desempenho de pessoas com síndrome de Down, com idades entre 6 e 16 anos (M=10,36, DP=3,451) e controles pareados pela pontuação bruta do WISC-III, em provas que avaliaram vocabulário receptivo e memória de curto prazo verbal e visuo-espacial por meio dos testes TVIP, Dígitos ordem direta e inversa, Corsi ordem direta e inversa, e provas de memória de trabalho desenvolvidas para este estudo. Resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as médias para a maioria das provas, com exceção de Dígitos ordem direta, sendo que o desempenho do grupo sem a síndrome foi superior ao grupo com a síndrome. Comparações do desempenho intra grupos, considerando-se a ordem direta e inversa das provas Dígitos e Corsi, indicaram diferenças significativas para ambos os grupos. Em geral, os dados dos dois estudos corroboram com a literatura, que descreve a heterogeneidade do perfil cognitivo de pessoas com síndrome de Down e apontam para evidências quanto a força de habilidades não verbais, geralmente menos afetadas do que habilidades lingüísticas.