A muralha, de Dinah Silveira de Queiroz: desafios e êxitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mello Junior , David de
Orientador(a): Machado, Alleid Ribeiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32233
Resumo: A década de 50 do século XX foi marcante na história brasileira, especialmente para a cidade de São Paulo por celebrar os quatrocentos anos de sua fundação. A autora Dinah Silveira de Queiroz é um dos expoentes de grande importância na produção literária desse período, embora seu nome não seja tão evidente no elenco de autores brasileiros canônicos. O presente trabalho tem por objetivo apresentar a relevância da autora, a partir da análise do romance histórico A muralha, considerando-o como instrumento de transgressão da condição social feminina. O romance foi escrito em 1954, no contexto da celebração ufanista dos quatrocentos anos da cidade de São Paulo, quando a sociedade recebia por repetição uma memória histórica, seletiva e institucionalizada sobre suas origens, associando-a ao estereótipo varonil do bandeirante. Nesse contexto, a autora, por meio da ficção, revisita o período histórico da São Paulo colonial do século XVII, evidenciando a importância do protagonismo feminino como paradigma de determinação, resiliência e construção de futuro. Vale dizer que este estudo se dará por meio de pesquisa bibliográfica, considerando as definições de romance histórico e alguns desdobramentos, elaboradas por autores como Hutcheon (1991), Lukács (2011) e Trevisan (2008). Em relação ao contexto da efeméride paulistana no IV Centenário e o desafio da autora em produzir uma obra em diálogo com a sociedade, a presente pesquisa busca compreender esta relação segundo Candido (2008) e Lofego (2004). Além disso, objetiva evidenciar o meio primário de difusão do romance pela revista O Cruzeiro, e a condição feminina contextualizada em meados do século XX, conforme os estudos de Del Priore (2015).