Mulheres gerentes: construindo as identidades de gênero no trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silveira, Nereida Salette Paulo da lattes
Orientador(a): Hanashiro, Darcy Mitiko Mori lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/23168
Resumo: O presente estudo buscou investigar como as identidades de gênero de mulheres em posição gerencial são construídas no trabalho por meio das interações. Nas sociedades contemporâneas as mulheres estão alcançando postos cada vez mais altos na hierarquia das organizações. Embora haja um consenso de que a construção da identidade de gênero seja um processo negociado com o ambiente, é ainda pouco explorado como esse processo ocorre no ambiente organizacional. Alguns estudos apontam que ao avançarem profissionalmente as mulheres se masculinizam, buscando adaptar-se aos modelos masculinos prevalentes na maioria das organizações. Contrariamente, outras investigações evidenciam que a maior representação de mulheres em níveis hierárquicos superiores das organizações leva a uma feminização das concepções de gerenciamento, à redução dos estereótipos de papéis sexuais e a relações de gênero menos problemáticas. O estudo não partiu de uma hipótese, e sim de uma pesquisa exploratória, buscando compreender que elementos podem estar presentes nesse processo e como se relacionam entre si. Para tanto optamos por uma abordagem metodológica qualitativa fundamentada nos dados (Grounded Theory) orientada pelo referencial teórico do interacionismo simbólico estrutural. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas de profundidade com 13 mulheres em posição gerencial em empresas de médio e grande porte no estado de São Paulo. A análise comparativa dos dados possibilitou a proposição de um modelo que traz a necessidade de lidar com as concepções e experiências em torno da maternidade como elemento central na construção de múltiplas identidades de gênero. Esse processo, intermediado pela contínua e dinâmica autoavaliação de autoeficácia no desempenho das identidades de papel, fornece condições para a reconfiguração de significados e identidades.