Entre Mestizas e Nepantleras: a auto-história, de Gloria Evangelina Anzaldúa, em Borderlands / La Fronteira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueiredo, Carlos Vinícius da Silva lattes
Orientador(a): Hanna, Vera Lucia Harabagi lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25197
Resumo: Na contemporaneidade, o contexto histórico-cultural e literário de grande produtividade nos Estados Unidos tem fomentado intensivamente as literaturas imigrantes, de identidades em trânsito, que proporcionou a criação de uma obra como Borderlands/La Frontera: the new mestiza (1987), de Gloria Evangelina Anzaldúa, envolvendo o surgimento de um rótulo em particular, como o de literatura chicana, resultante do solo cultural da fronteira México – Estados Unidos. Por conseguinte, o objetivo principal deste trabalho é analisar Borderlands/La Frontera em sua 4ª edição, comemorativa aos vinte e cinco anos de sua publicação, nos aspectos de criatividade artística, do contexto sociocultural e da representação tematizados em sua narrativa, bem como a concepção de “auto-história” enquanto representativo para a história de vida da escritora, ultrapassando os limites de sua biografia, tornando-se a história de seu próprio povo. Complementam o corpus de análise os arquivos da coleção The Gloria Evangelina Anzaldúa Papers (1942-2004), depositados na biblioteca Nettie Lee Benson da Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos. Para tanto, a metodologia que subsidia esta tese volta-se para as reflexões teórico-críticas acerca dos estudos pós-colonialistas, sobretudo as obras de Ashcroft & Griffiths & Tiffin (2003), Spivak (1988), Beverley (2004), Santiago (2004), Bhabha (2000), Mignolo (2003, 2007), Hall (2008), Hawley (2001) e ainda obras de exegese e fortuna crítica sobre Anzaldúa, como, Keating (2009), Cantú (2012), Fernandes (2011), Malvezzi (2010), Bowen (2010) e Torres (2001). Dessa forma, a operacionalização do trabalho contempla a contextualização da análise de Borderlands/La Frontera, seguida das relações de implicação entre texto vs. contexto, manuscritos vs. edição e publicação da obra, aprofundando no cotejamento do arquivo e repertório anzalduano como componente fundamental para compreensão da narrativa de Borderlands/La Frontera. Com efeito, o trabalho contribui particularmente para a ampliação da leitura de Anzaldúa no Brasil, contemplando aspectos de análise teórico-críticos do discurso latino-americano.