Resiliência em mães de escolares com transtorno do espectro autista: estudo de uma amostra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Almeida, Sylvia Regina Oguchi de
Orientador(a): Brunoni, Decio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28637
Resumo: A maioria dos indivíduos com Transtorno do Espectro Autista não apresenta uma causa etiológica definida. Nessa situação a origem do transtorno é chamada de multifatorial ou herança complexa. Esse modelo pressupõe uma arquitetura genômica vulnerável e fatores ambientais perinatais associados. Entre os últimos a literatura internacional tem apontado o estresse materno como um possível fator coadjuvante. A base biológica seria a produção inadequada do cortisol diante de eventos estressantes. Pesquisas anteriores do nosso grupo do Laboratório TEA-MACK evidenciaram que mães de crianças com autismo apresentavam níveis de cortisol salivar mais estáveis e dentro da faixa da normalidade do que mães controle. Levantou-se a hipótese, que norteia essa pesquisa, de que as mães caso desenvolveriam mecanismos de resiliência mais efetivos para lidar com o quadro de autismo dos filhos. Assim o objetivo deste trabalho foi o de verificar indicadores de estresse, resiliência, sentimentos de raiva, sintomas internalizantes e externalizantes em um grupo de mães de escolares com autismo matriculados na rede municipal de ensino da cidade de Embu das Artes, São Paulo, em fevereiro de 2020. A hipótese da investigação foi a de que a resposta das mães aos indicadores citados, dependem de variáveis relacionadas ao quadro clínico dos filhos, como severidade dos sintomas, comorbidades e anos de diagnóstico. Foram entrevistadas por telefone 46 mães das quais se tinha informação prévia sobre o perfil clínico dos filhos de acordo com caracterização do DSM-5. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos (ISSL); Inventário de Autoavaliação para Adultos entre 18 e 59 anos (ASR); Escala de Resiliência e Inventário de Expressão de Raiva Estado -Traço (Staxi 2). Por provável característica da amostra investigada, a variável idade materna é a que apresenta maior correlação com indicadores da severidade do quadro clínico dos filhos. Por outro lado, foi possível concluir que quanto maior a idade materna, maior será a resiliência e menores serão os indicadores de estresse, raiva e outras condições englobadas em sintomas internalizantes e externalizantes da mãe.