Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Libio, Larissa |
Orientador(a): |
Bosa, Cleonice Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250618
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Resumo: |
Esta dissertação teve como objetivo compreender a percepção de irmãos de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sobre a experiência da adolescência e sobre os processos de resiliência familiar. Trata-se de um estudo qualitativo, transversal e exploratório, que utilizou um delineamento de estudo de casos múltiplos, com 6 adolescentes, irmãos de indivíduos com TEA. Deste estudo derivaram dois artigos empíricos. O primeiro artigo buscou compreender a experiência da adolescência desses irmãos, através de entrevistas semiestruturadas e da utilização de fotografias produzidas por eles. Os achados revelaram que ter um irmão com TEA não impediu a realização das tarefas desenvolvimentais da adolescência, ainda que, em alguns aspectos, observaram-se particularidades. De modo geral, os adolescentes perceberam a experiência com o irmão com TEA como uma oportunidade de crescimento pessoal e familiar, com destaque para novas formas de se relacionar com o outro e para a valorização da sua participação nas rotinas e tomadas de decisão familiar. Porém, também foram encontradas dificuldades que podem impactar as tarefas desenvolvimentais da adolescência, como a percepção de se sentir diferente dos pares, obstáculos para a convivência com os amigos em casa e ser colocado no papel de coterapeuta do irmão. O segundo artigo buscou identificar processos de resiliência familiar e possíveis barreiras para a sua realização, a partir da perspectiva dos irmãos. Os resultados apontaram para a presença de todos os processos de resiliência familiar, conforme o modelo de Walsh. Entre eles, destaca-se a importância da ressignificação da experiência do TEA, bem como a comunicação aberta entre os membros, o apoio mútuo, a flexibilidade nas rotinas familiares e nos papéis, além de estratégias de resolução de problemas observadas nos relatos dos irmãos. Entretanto, também se observaram barreiras que podem interferir na realização de alguns dos processos de resiliência familiar, como a falta de momentos exclusivos desses irmãos com os pais, o não compartilhamento dos pais de informações acerca do diagnóstico do irmão com TEA, a 8 limitação do suporte social, a falta de espaços acessíveis e características específicas do TEA que dificultaram momentos de lazer em família. Em conjunto, os dois artigos refletem que a experiência da adolescência na família, especialmente, as tarefas desenvolvimentais, pode ser facilitada pela presença dos processos de resiliência familiar. Conclui-se que a presença do TEA na família não representa por si só uma adversidade, tendo em vista que pode se constituir como uma experiência de crescimento para o adolescente e para a família. |