Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Araujo Júnior, Francisco Alves de |
Orientador(a): |
Ribas, Carmen Australia Paredes Marcondes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30609
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Resumo: |
O meningioma intracraniano é o tumor mais frequente do sistema nervoso central. A sua incidência aumenta com o avançar da idade, acometendo mais frequentemente o sexo feminino. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é classificado histologicamente em grau I, II e III. A pesquisa de marcadores imunohistoquímicos é importante para auxiliar na terapia alvo e prognósticos dos pacientes. Dentre os marcadores preditores de agressividade e recorrência tumoral, estão a ciclina D1 e o c-MYC. Ambos têm relação direta com o ciclo celular, atuando durante a transição da G1/fase S. Objetivo: Avaliar a expressão dos marcadores ciclina D1 e c-MYC em meningiomas intracranianos e correlacioná-la com a agressividade e recorrência desses tumores. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, transversal, realizado em Curitiba (Paraná), em um hospital universitário referência na área de neurocirurgia. Utilizou-se dados dos prontuários de pacientes com diagnóstico de meningioma intracraniano que foram internados e submetidos a ressecção cirúrgica, no período de janeiro de 2012 a setembro de 2018. Os dados epidemiológicos, clínicos e radiológicos foram coletados e anotados no protocolo da pesquisa. Foi realizada imunohistoquímica para os marcadores ciclina D1 e c-MYC em todas as amostras. Os dados referentes ao grau histológico dos tumores foram cruzados com o resultado obtido pela imunomarcação e submetida a análise estatística (teste qui-quadrado). Resultados: O estudo incluiu 51 pacientes (72,5% mulheres e 27,5% homens) com média de 53,5 anos. A cefaleia foi o sintoma mais comum e tumores localizados na base do crânio representaram 53% dos casos. Meningiomas grau I foram detectados em 58,8%, grau II em 29,4% e grau III em 9,8%. A recidiva tumoral foi observada em dois casos (3,9%) e pacientes livres de doença corresponderam a 49%. A média do tempo de seguimento foi de 798 dias (intervalo de 13 a 2267 dias). O marcador ciclina D1 foi identificado em 100% dos meningiomas e a intensidade de sua expressão foi fraca em 52,4% das lesões grau I, moderada em 50% dos tumores grau II e forte em 100% dos tumores grau III (p<0,001). O marcador c-MYC foi identificado em 17,7% (4,7% dos tumores grau I, 66,7% dos tumores grau II e 100% dos tumores grau III) e sua expressão foi fraca em 50% dos tumores grau II e moderada em 100% dos meningiomas grau III (p<0,001). A presença dos marcadores não teve relação estatisticamente significativa com o desfecho dos pacientes. Conclusão: A proteína ciclina D1 apresentou expressão em todas as amostras de meningiomas e o marcador c-MYC apresentou expressão em 18% dos casos. Quanto maior o grau histológico desses tumores, mais intensa é a expressão dos marcadores. No presente estudo, não se evidenciou relação dos marcadores com a recorrência tumoral. |