A São Paulo de Alcântara Machado e Luiz Ruffato: duas versões de caos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nunes, Matheus da Costa
Orientador(a): Pereira, Helena Bonito Couto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28845
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo analisar o espaço urbano nas produções literárias Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), de Alcântara Machado e Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato, além de comparar as diferenças entre as personagens da cidade e da metrópole. Será proposto ainda um retrato socioeconômico da São Paulo dos anos 1920 e dos anos 2000, destacando o cenário da capital em seu ápice da ascensão econômica naquele período em contraste com o período posterior. Após décadas de prosperidade, acentuada com a modernização do parque industrial e a entrada na sociedade de consumo, iniciou-se a sua desconfiguração, com a decadência da produção industrial, vitimada pela globalização. Este trabalho tem por alvo discutir a importância do espaço enquanto componente que interfere na vida das personagens e da sociedade como um todo, visando contribuir para o aumento da fortuna crítica da obra modernista de Alcântara Machado e para os estudos da obra de Luiz Ruffato, como representante da literatura contemporânea nacional. Além disso, a pesquisa desenvolvida proporciona um olhar para o imigrante e para os menos favorecidos, examinando suas representações na literatura. Por fim, destaca-se que a dissertação é uma imersão no universo paulistano e em suas diversas faces, compreendendo as transformações do passado e do presente. Verificamos também como o espaço da metrópole e o da cidade interferem na vida das suas personagens as quais, por mais que sejam fictícias, representam o imigrante, o pobre e a classe média que se esforçam por acompanhar o ritmo frenético em que São Paulo caminha.