Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Hollandini, Tatiane |
Orientador(a): |
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33631
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Resumo: |
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) se caracteriza por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento com início na infância e manifestações em ambientes distintos. Crianças e adolescentes com TDAH tiveram expressivos impactos negativos na sintomatologia durante a pandemia da COVID-19, bem como após a retomada das atividades acadêmicas no modelo presencial. Os objetivos deste estudo foram: a) compreender quais estratégias de manejo comportamental foram utilizadas por professores e pais de crianças com TDAH no retorno período de pós distanciamento social durante a pandemia em dois momentos, fase hibrida e presencial às aulas; b) comparar a frequência de uso dessas estratégias entre pais nos dois momentos do estudo; c) verificar o número de problemas emocionais e comportamentais atual em função do uso de estratégias de manejo comportamental utilizadas por professores e por pais durante o período do estudo; d) comparar as estratégias de manejo comportamental utilizadas por pais de crianças com TDAH em dois momentos: no modelo híbrido - junho e julho de 2022 e retorno presencial às aulas agosto de 2022. A amostra não foi probabilística, composta por 28 pais de crianças entre 6 e 11 anos com diagnóstico de TDAH (média de idade das crianças=8,92, desvio padrão= 2,03), regularmente matriculadas no Ensino Fundamental I e II, seus pais e oito professores dessas crianças. Os instrumentos de coleta de dados foram: a) Questionário de caracterização sociodemográfica; b) Checklist de ações e estratégias de manejo comportamental adaptado para pais durante o acompanhamento da lição de casa e adaptado para professores para monitoramento de comportamentos em sala de aula; c) Inventário dos Comportamentos de Crianças e Adolescentes de 6 a 18 anos- Child Behavior Checklist (CBCL/6-18); d) Inventário de comportamentos para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos. Formulário para professores (TRF/6-18). Os principais resultados foram que os pais, tanto na fase 1 (modelo híbrido de aulas) como na fase 2 de coleta (modelo presencial de aulas), relataram ter aplicado um número elevado de estratégias com seus filhos (10 das 15 estratégias foram utilizadas entre 54% a 96% dos pais). A estratégia menos implementada pelos pais, tanto na fase 1 (38%) como na fase 2 (40%), foi a de manter o bom humor e não se desgastar por pouco. Durante a fase 2 do estudo, os pais de escola particular aplicaram mais estratégias se comparado aos pais de escolas públicas, sendo encontrado um efeito significativo e médio da magnitude do efeito das diferenças entre as estratégias adotadas por pais cujos filhos estão matriculados em escola particular e pública, diferentemente dos dados da fase 1 (d de Cohen=0.50). Dos oito professores, 100% relataram utilizar oito das 15 estratégias. Os pais, na condição de informantes, reportaram médias de escalas do CBCL na faixa limítrofe e, diferentemente, em nenhuma das escalas do TRF foi observado uma média nessa faixa de classificação, nem na faixa clínica. Os escores T da escala de Problemas de Déficit de Atenção/Hiperatividade do TRF se correlacionaram de forma significativa, moderada e positiva com a quantidade de estratégias de manejo relatadas pelos professores (r = 0.40; p <.05) e, a quantidade de estratégias de manejo relatadas pelos professores se correlacionou de forma significativa, moderada e positiva com Problemas de Atenção do TRF (r = 0.56; p <.001). Os resultados encontrados alertam para a necessidade de que pais e professores se conscientizem sobre a utilização dessas estratégias, tanto no ambiente escolar como familiar. As estratégias podem potencializar o desenvolvimento de habilidades atencionais e funções executivas de crianças com TDAH, bem como diminuir ou prevenir problemas emocionais e comportamentais frequentemente relatados nesta população. |