Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Guedes, João Vitor Cardoso
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Orientador(a): |
Schwartzman, José Salomão
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/26490
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Resumo: |
A Teoria da Mente (ToM) é a capacidade de atribuir estado mental a outra pessoa de forma espontânea, ou seja, fazendo "inferências do estado mental". Recentemente, tarefas não verbais de crença falsa por meio da ferramenta de rastreamento visual surgiram com intuito de se investigar a ToM implícita em crianças pequenas e adultos. Estudos revelaram que crianças menores de 3 anos de idade podem antecipar as ações de outras pessoas com base em suas falsas crenças atribuídas. O TEA é foco de estudos sobre ToM, pois se caracteriza por déficits na interação social e comunicação, não conseguindo passar em tarefas de crença falsa. O objetivo geral do estudo foi comparar habilidades de ToM implícita em crianças com TEA e típicas por meio de tarefas de crença falsa (FB); comparar os resultados de ambos os grupos nessas tarefas na condição FB / crença verdadeira (TB), e comparar o desempenho de ambos os grupos em uma tarefa naturalística com uma tarefa abstrata. A amostra final foi composta por crianças de 4 a 5 anos, do sexo masculino, divididas entre grupo controle/ neurotípicas (n=8) e grupo estudo/ crianças com TEA (n=10). Os instrumentos e procedimentos de coleta de dados foram: Inventário de Comportamentos Autísticos (Autism Behavior Checklist - ABC); Autism Scale Questionnarie (ASQ); Teste não verbal de inteligência Snijders-Oomen (SON-R 2 ½ - 7[a]); PROTEA – R. Sistema de Avaliação do Transtorno do Espectro Autista e avaliação clínica-médica. Para avaliação da varredura ocular foi utilizado o equipamento portátil Tobii Pro X3 – 120 e o software Tobii Pro Lab Full Edition. Duas tarefas de ToM implícita foram escolhidas para avaliação de FB. Para análise dos resultados, utilizou-se um escore de procura diferencial (DLS). Os resultados foram estatisticamente significantes nas etapas de familiarização (Trial 1 e Trial 2) com o grupo controle quando utilizada a classificação do PROTEA-R para redistribuir os grupos. Foi observada diferença estatisticamente significativa apenas no grupo controle, tanto para o DLS do trial 1 em relação ao trial 2 na primeira tarefa (p=0,042) e para o DLS do trial 1 para o trial2 na segunda tarefa (p=0,033). Também foi observada diferença estatisticamente significativa para DLS do trial 2 do da primeira tarefa (p=0,022), sendo que a média foi maior entre os típicos (m=0,725) do que entre os com TEA (m=0,092); e para DLS do trial1 do na segunda tarefa (p=0,047), com média maior entre os típicos (m=0,570). Na comparação entre os valores do DLS para o FB nas duas tarefas, calculado a partir da duração total da fixação na área de interesse, não foi observada diferença estatisticamente significativa em nenhum dos grupos. Comparando as médias do DLS de FB da primeira e segunda tarefa através do tempo total de fixação entre os grupos, também não foi observada diferença estatisticamente significativa em nenhuma das variáveis. Os resultados indicam que nenhum dos grupos conseguiu antecipar a ação dos agentes em ambas tarefas de crença falsa. Esses achados corroboram com pesquisas mais recentes que mostram resultados divergentes aos estudos originais, questionando se os principais paradigmas da Teoria da Mente implícita podem ser replicados |