Uma criatura dócil, de Dostoiévski: a leitura de Lasar Segall

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cardoso, Juliana Vilar Rodrigues lattes
Orientador(a): Alvarez, Aurora Gedra Ruiz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25293
Resumo: A relação entre a literatura e as artes visuais é muito antiga e pode ser observada em recriações como as imagens feitas por Delacroix para Fausto, de Goethe, e por Flaxman para A divina comédia, de Dante. As litografias de Lasar Segall, inspiradas na novela Uma criatura dócil, de Fiódor Dostoiévski, demonstram que essa relação continua de forma marcante no século XX. O objetivo desta pesquisa é, a partir da análise dialógica entre a referida novela de Dostoiévski e as litografias de Segall, observar a linguagem que cada um desses artistas utilizou para criar personagens que expressassem seu próprio mundo interior. Nesse processo investigativo, será examinado como ocorre a passagem de uma linguagem para outra, tendo, como fundamentação teórica, os estudos da Intermidialidade. Partindo do conceito de autoconsciência elaborado por Mikhail Bakhtin, observaremos a construção da personagem principal da novela, que é um homem que se encontra no limiar, bem como sua trajetória, que passa pela confissão e pelo arrependimento, para, finalmente, chegar à verdade sobre si mesmo. Discutiremos, ainda, a maneira como Lasar Segall, que nesta época fazia parte do movimento Expressionista alemão, utiliza o texto-fonte de Dostoiévski para produzir suas litografias, ou mais especificamente, iremos analisar os elementos gráficos por ele utilizados para transmitir, imageticamente, o mundo interior das personagens e o caráter trágico encontrados na novela.