Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Augusto, Janaína Aparecida de Oliveira |
Orientador(a): |
Teixeira, Maria Cristina Triguero Veloz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/28640
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Resumo: |
O diagnóstico tardio na Deficiência Intelectual (DI) e no Transtorno do Espectro Autista (TEA) agrava diferentes indicadores de funcionamento cognitivo, adaptativo, emocional e comportamental de crianças e adolescentes. Este estudo teve como objetivos caracterizar o perfil cognitivo e comportamental de crianças com diagnóstico de DI e TEA, mapear o intervalo de tempo entre as primeiras preocupações e sinais percebidos pelos pais e o diagnóstico, verificar associação entre problemas emocionais-comportamentais com o intervalo de tempo transcorrido entre as primeiras preocupações e o diagnóstico, mapear os tipos de intervenções recebidas pelas crianças antes do diagnóstico e verificar sua associação com problemas emocionais-comportamentais. A amostra foi composta por dados secundários de 106 crianças e adolescentes avaliadas no Laboratório de Pesquisa em Dificuldades, Distúrbios de Aprendizagem e Transtornos da Atenção (DISAPRE), localizado no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), entre março de 2017 a março de 2019 (69 com DI e 37 com TEA, com idade entre 6 a 15 anos). Para avaliação do funcionamento cognitivo e comportamental foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-IV), Inventário dos Comportamentos de Crianças e Adolescentes entre 6 e 18 anos (CBCL/6-18) e Escala de Comportamento Adaptativo Víneland. Além disso, foram extraídos dos prontuários informações como: avaliações e intervenções anteriores, data do diagnóstico e idade das primeiras preocupações e sinais observados pelos pais. Os dados foram analisados estatisticamente por meio do programa JASP Statistic. Conforme os resultados, para o grupo de crianças com DI 16% foi encaminhado pela escola, seguido de 14,1% por médico neurologista, no grupo de TEA, 17,9% foram encaminhados por neurologistas e 8,5% pela escola. A média do tempo transcorrido entre as primeiras preocupações e o diagnóstico foi de 6,8 anos (DP: 2,2) para DI e 6,4 anos (DP: 2,2) para TEA. Com relação ao funcionamento cognitivo, houve diferenças significativas entre os grupos, as crianças com DI apresentaram desempenho inferior ao do grupo TEA (t (97)=-16.22, p<.001). Foram observadas correlações positivas e estatisticamente significantes entre problemas de comportamento internalizantes (r =0.26, p<.05) e externalizantes (r=0.34, p<.01) com o uso de medicação; entre intervenção psicológica e problemas de comportamento internalizantes (r=0.23, p<.05); entre intervenção psicopedagógica e neurológica e escore total de problemas emocionais e comportamentais (r=0.23, p<.05). As crianças com DI apresentaram médias maiores que o grupo TEA em problemas externalizantes e na escala de problemas totais. O grupo com TEA apresentou escores maiores para problemas internalizantes. Foram identificados comprometimentos nos 3 domínios avaliados do funcionamento adaptativo em ambos os grupos. Os resultados encontrados mostraram elevados comprometimentos emocionais, comportamentais e adaptativos em ambos os grupos. Antes do diagnóstico as crianças utilizavam diferentes serviços de saúde mental e educacional, entretanto, o intervalo de tempo entre as primeiras preocupações parentais e o diagnóstico foi acima de 6 anos contrariando diretrizes nacionais e internacionais com relação ao diagnóstico precoce. Provavelmente sem um diagnóstico muitas dessas intervenções não se adequaram às reais necessidades dos quadros clínicos. |