Narrativa oral de histórias em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista sem deficiência intelectual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rosa, Kriscia Gobi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237037
Resumo: A aquisição e desenvolvimento da habilidade para narrar oralmente uma história é influenciada tanto por fatores neurobiológicos quanto sociais e culturais. Nesta direção, estudos têm mostrado que indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar prejuízos na recepção e/ou emissão da linguagem oral, especificamente em habilidades mais complexas, como a narrativa oral de histórias. O presente estudo propõe investigar o desempenho da narrativa oral de histórias em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista sem deficiência intelectual (DI). Participaram deste estudo 27 crianças e adolescentes com TEA sem DI, do sexo masculino, com idade entre 7 e 15 anos e 11 meses, comparadas com 27 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico de linguagem oral, selecionadas do banco de dados do Laboratório de Estudos, Avaliação e Diagnóstico Fonoaudiológico (LEAD). Para a investigação da narrativa oral de história foi utilizada a segunda versão do “Test of Narrative Language” (TNL-2), traduzido e adaptado para o português brasileiro. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial para fins de comparação dos escores de compreensão e produção das narrativas do grupo TEA e comparativo. Na compreensão da narrativa oral de histórias, o grupo TEA não apresentou diferença estatisticamente significante quando comparado ao grupo com desenvolvimento típico de linguagem. Entretanto foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos na produção, com desempenho superior para o grupo TEA. Ao investigar o desempenho na produção e compreensão da narrativa oral segundo o estímulo de eliciação (figura única ou figura em sequência) no grupo TEA verificou-se que o desempenho do grupo TEA foi superior quando apresentado uma sequência de figuras, o que não ocorreu na compreensão. Não houve correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) do grupo TEA com a pontuação do Quociente Intelectual Total (QIT) e da Avaliação de Traços Autísticos (ATA), entretanto, foi encontrado correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) e a idade cronológica para os grupos. Conclui-se que as crianças e adolescentes com diagnóstico de TEA sem deficiência intelectual apresentaram desempenho semelhante na compreensão da narrativa oral de histórias e superior na produção, quando comparados com indivíduos com desenvolvimento típico de linguagem. O desempenho da produção com apoio de figuras em sequência do grupo TEA foi superior quando comparado com a figura única. Houve correlação entre o desempenho narrativo (compreensão e produção) e a idade cronológica dos dois grupos.