Caio Fernando Abreu: a trajetória do eu-escritor em suas cartas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Holanda, Camila Vilela de
Orientador(a): Trevisan, Ana Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/33670
Resumo: Esta pesquisa examina a correspondência ativa de Caio Fernando Abreu, a fim de compreender sua trajetória como escritor, sua formação de leitor e sua atuação e experiência como leitor crítico. As missivas, corpora desse trabalho, foram organizadas pelo pesquisador Italo Moriconi na obra Cartas (2002), que abrange quatro décadas (1960, 1970, 1980 e 1990), e nelas podem ser lidas as (trans)formações iniciais de Abreu, seguidas das primeiras publicações, as mudanças de estilo, as aventuras pelos gêneros e a consciência do eu-escritor. Este estudo, por meio das análises das cartas de Caio Fernando Abreu, delineia a trajetória do vir a ser do escritor, revelando a consciência do seu papel como tal, inserido em uma realidade social específica, emoldurada nos seus anos de atuação. Como apoio teórico para responder a nossos objetivos, elegemos as obras Formação da literatura brasileira: momentos decisivos, 1750 - 1880 (1959) e Literatura e sociedade (1959), de Antonio Candido, no que se refere à fundamentação teórica a respeito da compreensão do escritor enquanto sujeito social, bem como os lugares que ele ocupa no âmbito dos vértices que sedimentam o sistema literário. Os estudos críticos da pesquisadora Ana Gallego Cuiñas corroboram o entendimento das cartas como um material profícuo e revelador da literatura de Abreu, vista como um fato social, estético e material.