Análise de distúrbios do ritmo em pacientes com doença arterial coronariana em programas de reabilitação cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bongiovani, Antônio Cláudio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Oeste Paulista
Mestrado em Ciências da Saúde
Brasil
UNOESTE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1448
Resumo: Fundamento: Ainda não está clara a relação das arritmias cardíacas com a realização de atividade física, nos programas de reabilitação cardíaca (PRC). As investigações são necessárias para auxiliar médicos e fisioterapeutas a garantir maior segurança aos PRC. Objetivo: identificar e avaliar os distúrbios de ritmo em pacientes com insuficiência coronariana (ICO) antes, durante e após a realização de uma sessão de um PRC. Método: Neste estudo transversal, não-randomizado e aberto, foram avaliados dados de 69 pacientes (Idade=65,3±9,6 anos; Índice de massa corporal=29,1±4,3 Kg/m2 e fração de ejeção de 64,0±8,2%) com diagnóstico clínico de ICO inseridos em um PRC. Após avaliação inicial para sua caracterização os pacientes foram conectados a um holter (Cardio Sistemas) com três derivações e tiveram o ritmo cardíaco registrado antes (60 min), durante e após (60 min) uma sessão do PRC. O registro gravado foi analisado por um módulo de análise de arritmia em um computador, acoplado ao analisador CardioSmart Profissional CS 540, por um médico cardiologista arritmologista. Estatística descritiva, teste de Friedman e correlação de Spearman foram utilizados para análise dos dados (p<0,05). Estudo aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 31549620.3.0000.5515). Resultados: Nos pacientes analisados hipertensão arterial sistêmica (78,3%) e histórico familiar de doença coronariana (78,3%) foram as comorbidades mais prevalentes e antiagregantes plaquetários (82,6%) e estatinas (58%) os medicamentos mais utilizados. Antes da sessão, 78% dos pacientes apresentaram algum distúrbio de ritmo. Ectopias ventriculares isoladas (55,6%) e supraventriculares isoladas (72,2%) foram os distúrbios mais prevalentes. Taquicardias supraventriculares e ventriculares foram verificadas em 4,3 e 1,4%, respectivamente. Apesar de não significante, observou-se redução do número dos distúrbios de ritmo durante a sessão e uma volta à condição de repouso no período de recuperação. Em repouso e recuperação observou-se correlação negativa entre a fração de ejeção e as ectopias ventriculares isoladas e pareadas, o mesmo ocorrendo com o bigeminismo em recuperação. Conclusão: Pacientes com ICO em PRC apresentam alta prevalência de distúrbios de ritmo. O número de distúrbios reduziu durante o PRC e correlações negativas foram observadas entre fração de ejeção e distúrbios de ritmo.