Experiências da maternidade de mulheres com deficiência intelectual
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/257836 https://lattes.cnpq.br/1395010191494153 |
Resumo: | A sexualidade é um dos aspectos que assume extrema relevância ao longo de toda a existência humana, incorporando parte fundamental da expressão do indivíduo. Sua expressão e vivência são um direito de todos os seres humanos. Pensando em pessoas com deficiência intelectual, se caracteriza em muitos casos o conceito duplamente equivocado do que é deficiência e como se desenvolve a sua sexualidade. Nos dias atuais, a literatura tem demonstrado que ainda nos deparamos com educadores considerando a manifestação da sexualidade de pessoas com deficiência intelectual como exagerada ou inadequada e familiares e cuidadores a conceituando como assexuada e infantil ou fantasiosa. Um dos aspectos negligenciados da sexualidade, quando se trata de pessoas com deficiência, é a vida sexual e reprodutiva, mais especificamente a maternidade. Esta pesquisa foi pautada no modelo biopsicossocial da deficiência e considerou como critério de inclusão de participantes, a deficiência intelectual autodeclarada. Trata-se de uma pesquisa qualitativa-descritiva, e teve por objetivo geral investigar e descrever, a partir do relato de mulheres com deficiência intelectual, suas experiências da maternidade. Participaram de uma entrevista semiestruturada, 08 (oito) mulheres com Deficiência Intelectual, mães, com idades entre 31 (trinta e um) e 58 (cinquenta e oito) anos. Os relatos transcritos das entrevistadas foram analisados e organizados em categorias temáticas:(1) versões sobre o relacionamento afetivo; (2) educação sexual e experiências da gravidez e parto; (3) receio da reprodução da deficiência; (4) apoio ou falta de apoio social e (5) perspectivas e relações com a maternidade. As categorias foram discutidas considerando a literatura, que vem apontando quanto à importância da rede de apoio social, o modelo parental adequado e a busca de todos nós, enquanto sociedade, pelo combate ao capacitismo e a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos de todas as pessoas, inclusive das mulheres com deficiência intelectual, equilibrados aos deveres que caracterizam a maternidade a qualquer mãe, sem reproduzir o conceito do amor incondicional e da obrigatoriedade deste papel a todas a mulheres. A escuta promoveu ainda, a reflexão quanto à necessidade de ampliação nas ações de educação sexual e aconselhamento para o planejamento familiar e a escolha consciente. Novos estudos devem aprofundar a questão e promover debates de prevenção e intervenção em ações inclusivas sobre direitos sexuais e reprodutivos. |