Experiências de currículo, metodologia, tecnologia e formação de professoras de espanhol: narrativas em/no curso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sataka, Mayara Mayumi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251094
https://orcid.org/0000-0001-6175-4373
Resumo: Inicio esta pesquisa narrativa (Clandinin; Connelly, 2000, 2015) contando duas histórias, nas quais narro como eu não tinha, em meu horizonte, estudar tecnologias no ensino de línguas e, posteriormente, passei a me interessar por ministrar um curso sobre tecnologias digitais para professoras de línguas. Elas são minhas narrativas iniciais, que contribuíram para que eu compreendesse as justificativas, para me engajar nesta investigação e as minhas indagações de pesquisa. Sendo assim, fui movida pelas seguintes indagações: Que histórias são vividas e contadas em um curso on-line de formação de professoras de espanhol para uso de tecnologias digitais? Que experiências de currículo(s) vivemos em um curso on-line para uso de tecnologias digitais? Que espaço(s) criamos relacionalmente em um curso on-line para uso de tecnologias digitais? A paisagem das experiências vividas foi um curso on-line de uso de tecnologias digitais no ensino de línguas ofertado a licenciandas de Letras que integravam o projeto de extensão da UNESP, isto é, o Centro de Línguas e Desenvolvimento de Professores (CLDP). Nesse projeto, as alunas atuavam como professoras das línguas que estudavam em suas licenciaturas. Junto a um professor-colaborador e uma professora-colaboradora, fui uma das professoras responsáveis por ministrar o curso. Dessa maneira, investigo narrativamente as histórias vividas e contadas por mim, professora-pesquisadora, e por Sarah Wolf, José S. e Ximena (nomes fictícios), professoras de espanhol em formação. Vivemos as experiências em/no curso durante o terrível período da pandemia de COVID-19, que demandou o distanciamento social, como medida de combate ao vírus SARS-Cov-2, e, consequentemente, a migração das atividades presenciais da universidade para a virtualidade. Vivendo o percurso teórico-metodológico da pesquisa narrativa (Clandinin; Connelly, 2000, 2015), transitei entre o campo e os textos de campo, intermediários e de pesquisa, recobrando as experiências a partir de diários reflexivos, escritos por mim e por cada participante, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), materiais utilizados nas aulas e documentos, como planos de aula, cronograma e programa de curso. Sarah Wolf, José S., Ximena e eu cocriamos um espaço éticorelacional e cocompomos as histórias narradas nesta investigação. Pudemos viver nossas formações como professoras em/no curso, discutindo diversas questões do ensino e aprendizagem de línguas e não nos restringindo ao âmbito das tecnologias digitais. As histórias vividas, contadas e recontadas estão entrelaçadas a fios narrativos que formam a tessitura da tese. Sendo assim, discuto a respeito de currículos, em que tematizo a minha jornada compreendendo-o como o correr de experiências. Além disso, debato as tensões da busca por viver currículos de vidas diversas, em que os compreendo como espelho estilhaçado, retomando a metáfora de experiência de Downey e Clandinin (2010). Percebo que foi um espaço liminal (Driver, 2018; Turner, 1977), pois vivemos um curso virtual emergencial, entre a EaD e o Ensino Remoto Emergencial. Vivemos histórias de formação método-tecnológica, considerando que envolveu especificidades metodológicas do ensino de línguas e tecnológicas. Por fim, foi também um espaço seguro, no sentido de Clandinin e Connelly (1995, 1996), em que estivemos presentes virtualmente. Esses sentidos compostos e discutidos fazem parte de quem eu, Sarah Wolf, José S. e Ximena fomos e fomos nos tornando ao longo da pesquisa.