Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Renata Cristina Severino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/243842
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Resumo: |
A pandemia por COVID-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde como surto de emergência de saúde pública de nível internacional (ESPII), em março de 2020. Além do grande impacto na rede hospitalar para adequado atendimento dos casos graves, os serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), responsáveis pela atenção do grande número de casos leves e moderados, também precisaram reorganizar suas rotinas para enfrentamento da pandemia. Investigar as mudanças ocorridas nesse período nos serviços de APS pode contribuir para o campo da Saúde Pública, fornecendo subsídios para tomadas de decisão em contextos semelhantes. O presente trabalho tem como principal objetivo analisar as mudanças na organização do processo de nas unidades de APS em um município de médio porte do interior paulista durante o primeiro ano da pandemia. Trata-se estudo de caso descritivo, de caráter quantitativo-qualitativo, realizado por meio de aplicação de questionário estruturado e entrevista com roteiro semiestruturado a enfermeiros de serviços de APS do município estudado. Para análise do contexto foram levantados os principais documentos que retratam as medidas tomadas pela gestão municipal. A análise do questionário estruturado foi feita por meio de estatística descritiva, utilizando frequência, proporção e medidas de tendência central. As entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados apontam que apesar das medidas precocemente tomadas por meio de decretos municipais no início da pandemia para a reorganização da APS no município estudado, como a preconização de protocolos e medidas sanitárias que envolviam a atuação da APS, a reorganização da APS não ocorreu de forma padronizada, ou seja, cada unidade de saúde se reinventou em seu processo interno de trabalho. Foram identificados importantes falhas de comunicação com os responsáveis pelas unidades que resultaram na demora para efetivação das medidas preconizadas, com grande estresse e sobrecarga física e emocional dos profissionais. O aprendizado de atenção aos casos na APS ao longo do primeiro ano de pandemia, ao lado da implementação de medidas de cunho populacional proporcionaram a superação dos entraves iniciais. O legado deixado diante da pandemia, é a importância do nosso sistema de saúde, e a necessidade de valorizar os trabalhadores dessa fundamental política pública. É possível que problemas globais como o da pandemia de covid-19 passem a ser mais frequentes, para enfrenta-los não se pode dar margem a ideários que coloquem em segundo plano a vida humana. Nesse sentido, a APS precisa ter condições de assumir seu papel como ordenadora do cuidado e assim contribuir para o fortalecimento do SUS. |