Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Arraes, José Diêgo Bezerra |
Orientador(a): |
Oliveira, Luciane Paula Batista Araújo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55146
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Resumo: |
Introdução: A pandemia de COVID-19 tem evidenciado as potencialidades, mas também as fragilidades já existentes nos diversos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Na Atenção Primária à Saúde (APS), um dos desafios é o cumprimento dos seus atributos essenciais, contudo, surge também a preocupação acerca da efetivação dos diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), quais sejam: acolhimento, ambiência, gestão participativa, defesa dos direitos dos usuários, valorização do trabalhador e clínica ampliada. Objetivo: Analisar o cumprimento das diretrizes da PNH na APS durante a pandemia de COVID-19, na visão do usuário. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, realizado com usuários atendidos pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Brejo Santo/CE. A pesquisa atende aos critérios da resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA)/Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tendo obtido parecer favorável de nº 5.538.037/2022. A técnica de coleta foi entrevista do tipo semiestruturada, guiada por roteiro elaborado pela equipe de pesquisa. Foram incluídos no estudo, usuários com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados na ESF do referido município há pelo menos dois anos. Foram excluídos aqueles usuários que estavam com sinais ou sintomas gripais no momento da entrevista, seguindo as recomendações sanitárias adotadas na pandemia. A amostragem se deu por conveniência, considerando o período estabelecido para a coleta de dados (entre os meses de setembro a dezembro de 2022), de modo que foi alcançado um total de 23 participantes. Resultados: Os dados foram processados no software Iramuteq e submetidos à análise de conteúdo temática. A Classificação Hierárquica Descendente revelou seis classes que deram origem às categorias temáticas, quais sejam: "Acolhimento e acesso na ESF"; "Ambiência e valorização do trabalhador como estratégia de qualificação do serviço de saúde"; e "A importância da cogestão e da defesa dos direitos dos usuários do SUS". Conclusão: Durante a pandemia da COVID-19, o acesso ao cuidado foi mantido, mediante adaptações necessárias pelo contexto sanitário vivido no momento da coleta. Apesar de alguns usuários desconhecerem a cartilha de direitos dos usuários do SUS, o que pode causar fragilidades na participação popular, foi demonstrado, de modo geral, que havia um respeito ao cumprimento das diretrizes da PNH nesses serviços. Foi interpretado que o acolhimento e a ambiência são diretrizes que aparecem nas falas através de outros termos, contudo, diretrizes como cogestão e clínica ampliada não foram identificadas. Tal fato leva a crer que, apesar dos muitos avanços nos últimos anos, a plena efetivação da humanização na APS ainda é um desafio para muitas equipes, um caminho que pode ser percorrido por meio do fortalecimento das variadas tecnologias do cuidado, que envolvam comunicação, empatia, fortalecimento do vínculo, a valorização dos saberes e uso adequado dos recursos disponíveis para esses serviços. |