Design e tecnologia assistiva: avaliação da mobilidade, satisfação e semântica de andador para idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Boiani, Josieli Aparecida Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153683
Resumo: O aumento da população idosa é fenômeno observado mundialmente, decorrente, de maneira geral, do aumento da expectativa de vida e menores índices de natalidade. O processo de envelhecimento provoca alterações que podem prejudicar o idoso em sua mobilidade e independência nas atividades diárias e, desta forma, a promoção de condições para a vida independente torna-se um desafio a ser buscado para as diversas áreas do conhecimento. Um dos dispositivos mais utilizados para auxiliar a mobilidade de idosos é o andador, cujo modelo padrão – quatro apoios (Standard) – amplamente utilizado no Brasil, apresenta limitações em seu design que podem comprometer o desempenho, segurança e satisfação do usuário com o dispositivo. Este trabalho investigou a mobilidade de idosos usuários e não usuários de andador, a partir da avaliação do desempenho e percepção de esforço na mobilidade, preocupação com relação a quedas e satisfação dos usuários com o seu andador. Ainda, foi avaliada a percepção de não usuários de andador com relação aos aspectos práticos, estéticos e simbólicos do design deste dispositivo. Dois estudos foram realizados, o primeiro com a participação de 26 idosos (sendo 13 usuários e 13 não usuários de andador), que realizaram o Teste do Sentar e Levantar cronometrado (TUG) com avaliação posterior da percepção de esforço com a Escala de Borg, e ainda responderam a Escala de Eficácia de Quedas (FES-I) e um questionário de avaliação da satisfação com a tecnologia assistiva (QUEST 2.0). No segundo estudo, participaram 40 pessoas sem deficiência, as quais apontaram em uma escala de Diferencial Semântico suas percepções com relação ao design de dois modelos de andador: quatro apoios (Standard), modelo padrão e amplamente utilizado no Brasil; e modelo Rollator, muito utilizado na Noruega. Os resultados do primeiro estudo demonstram que idosos que fazem uso de andador Standard apresentam pior desempenho na mobilidade, maior esforço na marcha e maior preocupação com o risco de quedas. Estes achados sugerem que o andador, ainda que destinado a promover e melhorar a mobilidade de idosos, não devolve a estes um desempenho e estabilidade na mobilidade similar ao de idosos sem deficiência ou dificuldade locomotora. O QUEST mostra que os idosos usuários de andador estão, de modo geral, satisfeitos com seu dispositivo de TA, mas não souberam avaliar os serviços oferecidos. O Diferencial Semântico constatou que o andador Rollator (Noruega) é visto como melhor comparado ao modelo com quatro apoios, tradicionalmente utilizado no Brasil. Concluiu-se, portanto, que o andador Standard auxilia na mobilidade do idoso, mas não devolve sua locomoção como um idoso não usuário do dispositivo.