Tecnologia assistiva para pessoas com deficiência visual: avaliação da eficiência de dispositivos para mobilidade pessoal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Aline Darc Piculo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181124
Resumo: A ausência da visão altera o padrão da marcha e a velocidade de caminhada, aumentando a dependência social e as chances de quedas e acidentes, comprometendo assim a mobilidade independente e a participação social. Dessa forma, é necessário o uso de dispositivos de Tecnologia Assistiva (TA), dentre os quais destaca-se a bengala: um bastão manual com ponteira que auxilia o usuário na orientação da trajetória e detecção de obstáculos. Embora a bengala contribua para a segurança e independência na mobilidade, nota-se ainda resistência na sua utilização, que pode ser explicada pela sua limitação no alcance de obstáculos, podendo ocasionar acidentes e riscos à saúde dos usuários. A bengala eletrônica surge como uma solução para este problema. Através do sensor ultrassom, ela detecta obstáculos acima da linha da cintura emitindo sinais sonoros e táteis. Para avaliar se a nova tecnologia é de fato mais eficiente para mobilidade dos usuários, este projeto de pesquisa propôs a comparação da eficiência de dois tipos de bengala - a tradicional e a eletrônica - através da execução de um trajeto com obstáculos artificiais, analisando o desempenho através das variáveis velocidade de caminhada e porcentagem de detecção de obstáculos. O estudo foi dividido em dois grupos amostrais: participantes vendados sem deficiência visual (N = 31) e participantes com deficiência visual (N = 10). O estudo também avaliou a usabilidade dos dispositivos segundo a perspectiva dos participantes, a satisfação dos usuários de TA com seus recursos através do QUEST 2.0 e as suas percepções com relação à qualidade de vida através do WHOQOL-bref. Os resultados sugerem que a bengala eletrônica apresenta-se como uma vantagem sobre a bengala tradicional pela sua capacidade de detectar obstáculos acima da linha da cintura, podendo contribuir com uma mobilidade mais segura. Com relação ao parâmetro velocidade, a bengala eletrônica apresentou desempenho significativamente menor que a tradicional. Os sinais emitidos pela bengala podem ter sobrecarregado os participantes, o que pode ter reduzido suas velocidades. Estudos longitudinais de uso na rotina dos usuários podem trazer informações mais precisas sobre as contribuições do uso deste dispositivo. Os resultados também indicam que os usuários estão insatisfeitos com a estabilidade e segurança oferecidas por suas bengalas, demonstrando a necessidade do desenvolvimento de novos dispositivos. Com isso, este projeto contribui com diretrizes para o design de TAs com melhor usabilidade, oferecendo mais segurança e conforto aos usuários.