Sorção do herbicida indaziflam em diferentes materiais orgânicos no solo como estratégia que permita a germinação e desenvolvimento de sementes florestais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sebok, Fabricio Gomes de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255102
Resumo: O indaziflam é um herbicida pré-emergente com amplo espectro de ação e persistência devido às suas características físico-químicas e meia-vida de 150 dias. Entretanto, a capacidade sortiva pode reduzir sua disponibilidade e eficácia, e, assim, promover seletividade por posicionamento. Nessa perspectiva, investigaram-se diversos materiais potencialmente sorventes do herbicida em solução. Além disso, construiu-se a curva dose-resposta para a sorção em carvão ativado, e analisaram-se diferentes marcas comerciais além de seus efeitos biológicos para a proteção contra a fitotoxicidade em bioindicadores. Realizou-se, nesse sentido, um experimento com 10 diferentes materiais puros ou em mistura com solo, no qual o carvão ativado apresentou maior capacidade de retenção do ingrediente ativo. Neste estudo utilizou-se bomba de vácuo para a extração da solução do solo após 24 horas de descanso em seringas, e, posteriormente, analisados por cromatografia. Conduziu-se outro experimento com a mesma metodologia para a criação de curva dose-resposta do carvão ativado, em relação à retenção do herbicida, considerando-se as doses de 0; 0,15625; 0,3125; 0,625; 1,25; 2,5; 5 e 10% da massa de carvão ativado pela massa de solo seco superficial, em que a dose de 0,3125% foi suficiente para a redução da quantidade disponível do ingrediente ativo na solução. Para a investigação de possíveis diferenças entre marcas comerciais de carvão, realizou-se outro experimento, seguindo a mesma metodologia, com as doses de 0,15 e 0,5% m/m. Após essas etapas, definido o carvão ativado e as marcas com maior potencial de sorção do indaziflam, sucederam-se outros 4 experimentos com bioindicadores, em casa-de-vegetação. Em dois destes, com delineamento experimental totalmente casualizado, com 5 repetições e em três solos diferentes, com o bioindicador Urochloa decumbens. Em cada tratamento, semearam-se 25 sementes misturadas à camada superficial do solo, com ou sem mistura de carvão ativado na dose de 0,6% m/m, juntamente à aplicação proporcional à área dos vasos de 75 g de indaziflam por hectare sobre a superfície do solo. Aos 60 dias após a aplicação, observaram-se, a partir do acúmulo de biomassa seca das partes aéreas, raízes e total. Definiu-se que, nas condições estudadas, quando houve a presença do carvão ativado em mistura no solo superficial, ocorreu também a proteção da germinação da gramínea nos três solos estudados, enquanto sua ausência resultou, por sua vez, em redução ou ausência de biomassa. Por fim, conduziram-se outros dois experimentos, seguindo a mesma metodologia, com duas espécies de adubação verde e sete florestais nativas da Mata Atlântica, com avaliações da contagem de plântulas germinadas e estabelecidas, aos 47 DAA. Considerando os resultados obtidos, é possível concluir que o uso do carvão ativado é eficaz para a germinação, emergência e desenvolvimento inicial de todas as espécies estudadas, oferecendo proteção contra os efeitos herbicidas do indaziflam. Considerando a capacidade pré-emergente desse herbicida, este estudo sugere a possibilidade de soluções sustentáveis em escala real contra a matocompetição e o estabelecimento eficiente da restauração florestal ou de outros ecossistemas.