Efeito do sombreamento e da camada de serapilheira em gramíneas invasoras sob florestas em restauração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendes, Vinícius [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214886
Resumo: A presença de gramíneas exóticas invasoras dificulta a sucessão e estruturação de florestas em processo de restauração, bloqueando ou retardando a entrada de indivíduos regenerantes nativos. Temos observado que áreas em restauração, independentemente da idade, ainda tendem a apresentar gramíneas no sub-bosque, mesmo com dossel já formado. Com o objetivo de compreender quais outros fatores podem influenciar na supressão dessas gramíneas, buscamos estudar parte da estrutura da floresta e a camada de serapilheira sobre o solo. Selecionamos seis áreas em restauração, com idades variando entre 6 a 21 anos, e instalamos 14 transectos distribuídos entre essas áreas, amostrando em campo: biomassa de gramíneas (Urochloa decumbens Stapf. e Megathyrsus maximus Jacq.) e serapilheira, porcentagem de cobertura de gramíneas sobre o solo, profundidade da camada de serapilheira, cobertura de dossel, estratificação do sub-bosque e radiação fotossinteticamente ativa (RFA) incidente. Em experimento controlado, também testamos a eficiência da serapilheira no bloqueio da emergência de U. decumbens, com sementes acima da camada de serapilheira (chuva de sementes) e abaixo da camada e substrato (banco de sementes) à pleno sol e sombrite 50%. Nossa análise de correlação apontou a estratificação do sub-bosque como fator sem influência sobre as gramíneas e sem relação com nenhuma outra variável. Por análise de regressão, modelo linear generalizado (GLM), averiguamos quais preditoras têm maior efeito sobre as gramíneas: os dois melhores modelos selecionaram, igualmente, cobertura do solo por serapilheira e RFA. Nossos resultados indicam que 200 g/m² de serapilheira sobre o solo da floresta possa controlar a presença de U. decumbens; e para M. maximus, 400 g/m² de serapilheira. Também evidenciamos que, uma camada contínua de 2 cm de serapilheira no solo garante o bloqueio da emergência de U. decumbens, independente se as sementes estão acima ou abaixo dessa camada. Logo, tanto a biomassa de serapilheira como a profundidade de cobertura sobre o solo podem ser considerados barreiras eficientes à emergência das gramíneas, sobretudo U. decumbens. Podendo, esse material orgânico, ser um eficiente indicador para monitorar projetos em restauração.