A relação de fluência e compreensão leitora em estudantes do ensino fundamental II: elaboração de critérios de risco para a dislexia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Victorio, Renata Pires Sena de Assumpção
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255292
Resumo: Aprender a ler é um ato complexo que envolve habilidades cognitivo-linguísticas que se aprimoram ao longo da vida e no decorrer da escolaridade. Compreender o desenvolvimento das habilidades leitoras em pré-adolescentes e adolescentes é fundamental, para que os estudantes com transtornos de aprendizagem de leitura sejam monitorados, identificados e encaminhados para a rede de saúde. O objetivo deste estudo foi analisar a relação de fluência e compreensão leitora em estudantes dos anos finais do ensino fundamental, e elaborar critérios de risco para dislexia a partir da aplicação de instrumentos de rastreio padronizados para este segmento educacional. Participaram do estudo 206 estudantes matriculados no Ensino Fundamental II, divididos em GI (6 o ano); GII (7o ano); GIII (8o ano); GIV (9o ano). Na primeira fase do estudo foram aplicados instrumentos coletivos de avaliação de processos de leitura e de compreensão leitora, sendo os estudantes com dificuldades de leitura selecionados para avaliação de leitura oral, na fase individual. Os resultados do estudo evidenciaram uma evolução das habilidades leitoras com o avanço da escolaridade. Fluência e compreensão de leitura se correlacionaram positivamente e moderadamente, porém, observou-se um enfraquecimento desta correção no decorrer do ensino fundamental II. Os estudantes classificados como de alto risco para dislexia, na fase coletiva, também apresentaram desempenho inferior nas provas de compreensão leitora em relação outros grupos de risco. Os critérios de risco elaborados neste estudo destacaram estudantes com perfis fonológicos, visuais e mistos (fonológicos e visuais) de dificuldades de leitura, um achado que pode favorecer a investigação clínica de subtipos de dislexia, uma literatura ainda tão escassa no Brasil. Este estudo faz um alerta para a importância do monitoramento da habilidade de leitura em estudantes dos anos finais do ensino fundamental, bem como a necessidade de mais estudos científicos neste segmento educacional.