Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Borges, Marina de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/166390
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Resumo: |
Neste trabalho analisamos sob a ótica do método materialista histórico-dialético, a concepção e a construção do conhecimento de alunas do ensino médio de uma escola estadual do interior do Estado de São Paulo, com relação à temática da diversidade sexual e de gênero, bem como à formação das docentes no tratamento desta temática, considerando suas formações acadêmicas, seus valores morais e pessoais e sua compreensão de mundo. Para isso, apresentamos às adolescentes diversos assuntos que perpassam suas vidas cotidianas como família, preconceito e educação sexual e que, consequentemente, estão presentes durante o seu convívio no ambiente escolar. A técnica que utilizamos para obtenção de dados junto às adolescentes foi o grupo focal, sendo realizados três encontros onde apresentamos ao grupo os temas em formato de tópicos para discussão e propiciamos reflexões a partir de suas próprias concepções. Já para as docentes, entrevistas individuais e questões acerca da intimidade para com a temática da diversidade sexual e de gênero, sobre a formação profissional continuada para o tratamento da temática e sobre suas opiniões pessoais e profissionais sobre o debate da temática no ambiente escolar, foram realizadas. Diante de inúmeras ameaças e mobilizações político-partidárias para censurar o conteúdo abordado por docentes na educação básica no Brasil, com base em pressupostos religiosos, bem como a inserção recente do ensino religioso voltado para uma única e exclusiva religião, é importante analisarmos a construção do ser social em sua totalidade para compreendermos como se dá sua atuação profissional diante de temas e situações que ainda são vistos como tabus diante da sociedade atual. A partir de análise das respostas foi possível identificar desconhecimento e confusão acerca do conteúdo e significados de termos e conceitos referentes à sexualidade e diversidade por parte das docentes, o que dificulta a abordagem do tema em sala de aula e até mesmo em identificar e agir diante de violências diretamente ligadas ao preconceito contra a diversidade sexual e de gênero. O mesmo foi observado nas concepções apresentadas pelas alunas, que evidenciaram forte apego aos valores familiares decorrentes de suas respectivas religiões “condenando” outras formas de sexualidade que não a heterossexual, cisgênera e heteronormativa. Toda a narrativa deste estudo é flexionada no feminino por nossa escolha, compreendendo a pesquisa e a produção de conhecimento como uma via acadêmica da militância social, principalmente se dialoga com os direitos das minorias, sendo fonte de resistência e luta contra opressões como o machismo e a homotransfobia. |