Amazônia revisitada: de Carvajal a Márcio Souza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Carvalho, João Carlos de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/106330
Resumo: A presente tese procura rediscutir algumas das principais marcas que fundamentaram a Amazônia brasileira através dos séculos. Por meio de um instrumental teórico voltado para uma relação dinâmica entre o referente e o imaginário desencadeado, fruto de um confronto descompassado entre o olhar nativo e o olhar apropriador, temos a formação de um discurso que, até as primeiras décadas do século XX, tende a reforçar todo um espectro de estereótipos depreciativos em relação ao mestiço brasileiro e, em particular, ao habitante da Amazônia. Tomando como base ilustrativa a ficção de Márcio Souza voltada para a Amazônia, temos o resultado, na verdade, de séculos de enfrentamento, tornando-se, portanto, uma resposta contundente a toda herança legada pelo imaginário colonizador. Seus romances Galvez, imperador do Acre, Mad Maria, A resistível ascensão do Boto Tucuxi e O fim do Terceiro Mundo estabelecem uma espécie de confronto decisivo, explorando uma sátira altamente corrosiva, para toda uma avaliação de percurso ainda no século XX, retomando principalmente os percalços históricos e políticos da sua região no sentido de se afirmar uma linguagem e também um modo próprio de ver o mundo.