A experiência do professor médico com métodos ativos de ensino-aprendizagem: formação permanente e gestão como mediadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pio, Danielle Abdel Massih [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149739
Resumo: Introdução: Escolas Médicas, como cenários operacionalizadores das diretrizes curriculares para cursos médicos, demandam interações responsáveis e reflexivas, entre professores, estudantes e gestores, sobre a ação educativa. Nessa perspectiva, constituem-se atores em contínua formação, localizando-se o professor e o estudante como protagonistas do processo ensino-aprendizagem inovador e transformador. Objetivos: Compreender o processo experiencial do professor médico com a formação profissional do estudante de Medicina de 1a e 2a séries e 5a e 6a séries do curso e elaborar um modelo teórico representativo dessa experiência. Método: Pesquisa qualitativa, conduzida na Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e realizada com professores médicos, atuantes no curso de graduação, critério para inclusão na pesquisa. Foram considerados, para a coleta dos dados, apenas os professores dos dois primeiros e dos dois últimos anos do curso, cenários distintos e em que predominam, respectivamente, a atenção primária e a hospitalar, caracterizados os primeiros pela integração entre os cursos de medicina e enfermagem no cenário de prática profissional. A saturação teórica se configurou mediante a análise da 19a entrevista, segundo os passos da Teoria Fundamentada nos Dados. Resultados: As categorias identificadas e as relações teóricas das ações e das interações que compõem a experiência do professor médico desdobram-se em quatro subprocessos: Aproximando-se: tornando-se professor em métodos ativos com experiências prévias diferentes e os desafios da necessidade de formação pedagógica para o desempenho do papel docente; Encontrando-se: a capacitação, a experiência e a motivação como facilitadores permanentes dos métodos ativos - a construção do papel docente associada ao aprender, ao fazer e à relação com o estudante; Desencontrando-se: falta de interesse, de capacitação, de experiência e heterogeneidade na condução como dificultadores do processo ensino-aprendizagem; Reencontrando-se: a gestão educacional como potencial alinhadora da formação docente. Mediante o realinhamento dos componentes que formaram esses subprocessos, pôde-se descobrir uma categoria designada central que os abarcasse, constituindo então o processo da experiência (modelo teórico), denominado: Entre aproximações, encontros, desencontros e reencontros do professor médico com métodos ativos de ensino-aprendizagem: formação permanente e gestão como mediadoras do desenvolvimento docente. À luz do Interacionismo Simbólico, identificaram-se os papéis dos processos educativos e da gestão educacional como espaços relacionais e componentes intervenientes simbólicos, representados pela necessidade de se manter e construir diálogos no cenário institucional. Cada professor, na dependência de seu perfil, pode vivenciar, no mesmo contexto, experiências que o vinculam ou afastam do modelo pedagógico proposto. A (re) construção dos significados para o trabalho advém da interação social. Nesse sentido, os espaços de desenvolvimento docente e de gestão educacional trazem o resgate e a garantia da formação docente e discente. Considerações finais: O modelo teórico abstraído da experiência permitiu aprofundar a compreensão dos subprocessos vivenciados pelos professores médicos. Sinaliza-se a necessidade de um olhar singular para a formação docente, baseando-se nas aproximações que os professores têm com os métodos pedagógicos. Articula-se a importância da cogestão dos processos, estabelecendo relação integral entre o programa de desenvolvimento docente e a gestão educacional.