Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Janaudis, Marco Aurelio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20052011-175337/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Existe uma atenção crescente pela introdução de disciplinas de ciências humanas e de artes na educação médica. A música é instrumento pouco utilizado no ensino médico. Ela possui características únicas que a tornam um excelente recurso educacional, pela possibilidade de exprimir emoções. Em poucos minutos, temas de interesse no aprendizado médico, como a perda, a compaixão, a tristeza e a solidariedade, podem ser identificados e utilizados em processos pedagógicos. A música como outras manifestações artísticas permite lidar com o universo afetivo do aluno. Promover a atitude reflexiva dentro de uma disciplina acadêmica requer criar espaço formal para fazê-lo. OBJETIVO: Apreender o impacto da música como recurso pedagógico na experiência do estudante de medicina. METODOLOGIA: A pesquisa segue uma abordagem de natureza qualitativa. Utilizaram-se músicas pré-definidas pelo autor durante as aulas do módulo em Medicina de Família no internato médico de Faculdade de Medicina do Estado de São Paulo. Participaram doze estudantes que cursaram essa disciplina. As entrevistas foram gravadas, transcritas e, em seguida, xii interpretadas segundo a perspectiva hermenêutica. RESULTADOS: O processo de compreensão da experiência dos estudantes possibilitou o desvelamento de um fenômeno que engloba o seu mundo interno enquanto se ocupa com sua formação médica. A música que toca do lado de fora ressoa na história e nas emoções do estudante. O aluno percebe que o ritmo imposto pelo curso médico não lhe permite pensar, refletir, seja em sua própria vida, seja em sua formação. A experiência com a música permite ao estudante ouvir seus próprios sentimentos e compartilhá-los com o professor e com seus colegas. Ele se surpreende com lembranças e sentimentos que vêm à tona e que desconhecia ou dos quais não se lembrava. Esses sentimentos estão apresentados em temas que organizam a experiência afetiva do estudante, mobilizada pela música. Surgiram assim diversas categorias temáticas, como a busca de si, família, morte, dúvidas vocacionais e relacionamento com colegas, professores e pacientes CONCLUSÃO: Os resultados encontrados na experiência com a música se apresentam em amplo espectro, oferecendo inúmeras perspectivas de desdobramento no âmbito da educação médica, conforme observamos nos temas surgidos. Como a experiência básica que se tem do mundo é emocional, a música essa forma de conhecimento humano de tonalidade afetiva adquire também força educacional, pois o processo de ensinar não se limita à transmissão de conteúdos; mais que isso, implica, por parte do docente, processos de desenvolvimento de sentidos e de significados para permitir que o xiii estudante reflita e transforme a prática cotidiana, sobretudo na medicina, onde o relacionamento interpessoal é a base para a plena efetividade da futura ação profissional |