Intervenções nutricionais para o tratamento da síndrome de fragilidade em idosos: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moraes, Mariana Bordinhon de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191569
Resumo: A síndrome de fragilidade é definida como uma síndrome clínica de origem multicausal caracterizada por redução de reservas fisiológicas que aumentam a vulnerabilidade de um indivíduo a desfechos adversos como quedas, hospitalização, desenvolvimento de dependência funcional e morte. Acredita-se que a síndrome da fragilidade pode ser potencialmente modificável ou reversível mediante intervenções apropriadas. Esta é a primeira revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados para avaliar a eficácia de intervenções nutricionais para o tratamento da síndrome da fragilidade em idosos. Foram incluídos 11 ensaios clínicos randomizados com idosos de 60 anos ou mais com diagnóstico de síndrome da fragilidade ou pré-fragilidade. Metanálises bayesianas de efeitos randômicos não revelaram diferenças estatisticamente significativas ao comparar a suplementação nutricional isolada com grupos controle que receberam placebo ou nenhum tratamento em relação ao escore de síndrome da fragilidade (MD: 0,09 pontos, IC 95%: -0,45 a 0,62), Bateria de Desempenho Físico Breve (SMD: 0,29, IC 95%: -0,55 a 1,40), força muscular (SMD: -0,14, IC 95%: -0,38 a 0,09), velocidade da marcha (SMD: 0,06, IC 95%: -0,04 a 0,17), massa magra apendicular (MD: 0,60kg, IC 95%: -0,82 a 2,01), massa gorda (MD: 1,67kg, IC 95%: -0,63 a 3,96), memória declarativa (SMD: 0,11, IC 95%: -0,31 a 0,53), linguagem e função executiva (MD: 0,21 pontos, IC 95%: -0,99 a 1,42) e outros resultados. Estudo único de intervenção de educação nutricional também não demostrou melhorias significativas em comparação com aconselhamento genérico de saúde. A qualidade geral das evidências avaliadas usando o sistema GRADE foi classificada como muito baixa a moderada devido a imprecisão das estimativas de efeito. Conclui-se que os presentes resultados sugerem com grau de certeza muito baixo a moderado que o uso de suplementos nutricionais ou de educação nutricional isoladamente não são efetivos para o tratamento da síndrome de fragilidade em idosos. Mais e maiores ensaios clínicos randomizados se fazem necessários para determinar o papel de intervenções nutricionais no tratamento da síndrome de fragilidade. (PROSPERO: CRD42018111510).