Avaliação de sistema de vigilância de óbitos perinatais em hospital terciário do interior paulista, 2014/2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moraes, Marina Frolini [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143965
Resumo: A vigilância epidemiológica é essencial para o planejamento, implementação e avaliação das práticas de saúde pública. O monitoramento da mortalidade perinatal, dentro do sistema de vigilância epidemiológica, depende da qualidade dos dados dos sistemas de informação. Objetivo: Avaliar o sistema de vigilância de óbitos perinatais de Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) de hospital terciário do interior paulista. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado a partir dos 80 óbitos ocorridos entre abril de 2014 e abril de 2015 em NHE de hospital terciário do interior paulista. O referencial de avaliação utilizado foi proposto pelo Center for Disease Control americano para uso em saúde pública. Foram abordados os seguintes atributos: utilidade, simplicidade, qualidade dos dados, aceitabilidade, sensibilidade, representatividade, oportunidade, flexibilidade, valor preditivo positivo, estabilidade. Este estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa local. Resultados: Utilidade: o sistema é pouco utilizado, os dados não são devolvidos aos profissionais, não são utilizados na proposição de ações para evitar a ocorrência de novos casos nem na gestão em saúde. Qualidade dos dados: 6,2% das variáveis estavam em branco nas investigações; a taxa de concordância entre as investigações originais e as realizadas para o estudo foi de 79,1%, sendo que a categoria com maior discordância/ausência de dados foi assistência ao parto (35,8%). Simplicidade: a grande maioria (91,2%) das investigações foi realizada a partir de apenas uma fonte de dados e o tempo médio gasto na investigação de óbitos infantis foi 63,4 minutos com intervalo interquartil de 29,2 minutos e de óbito fetal, 27,3 minutos com intervalo interquartil de 12,5 minutos. Aceitabilidade: nenhum caso de óbito foi notificado pelos atores envolvidos. Sensibilidade: há problemas a serem superados pelo NHE e Núcleo de Vigilância Epidemiológica. Representatividade: 96,8% dos óbitos do município ocorreram no Hospital do estudo. Oportunidade: o tempo entre a ocorrência do óbito e o encaminhamento ao município da investigação completa foi de 15,7 dias. Flexibilidade: o sistema foi considerado flexível. Valor preditivo positivo: todas as investigações de 2015 foram realizadas a partir da Declaração de Óbito e eram compatíveis com os casos. Estabilidade: alguns problemas eventuais foram apontados, tecnológicos ou por deficiências de recursos humanos. Conclusões: Para aprimorar o sistema de vigilância de óbitos perinatais será necessário: implementar ações voltadas aos diferentes profissionais atuantes na área materno infantil do hospital, para que passem a informar os casos ao NHE e para aprimorar a qualidade dos registros de dados nos prontuários; implementar busca ativa de óbitos perinatais em todas as unidades hospitalares que atendem gestantes e recém-nascidos e buscar mecanismos que permitam identificar, além dos óbitos infantis, os óbitos fetais pelo sistema de informática do hospital.