A participação da mulher na luta pela terra: discutindo relações de classe e gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Valenciano, Renata Cristiane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92854
Resumo: A presente pesquisa apresenta um estudo sobre duas formas distintas de organização de mulheres trabalhadoras sem terra do Pontal do Paranapanema: Coletivo de Gênero e Omaquesp, no qual procuramos apreender o processo de luta pela terra e a mobilização política das trabalhadoras sem terra tendo como perspectiva a leitura geográfica desse processo, onde o gênero é a categoria analítica e ferramenta metodológica basilar para compreendermos as manifestações e configurações das relações sócio-espaciais nos territórios de luta: acampamentos e assentamentos. A partir da análise das duas formas de organização, pudemos verificar as bases que deram sustentação para sua implementação, suas estratégias de organização, principais entraves, obstáculos e avanços em sua luta. Embora tenham sido forjadas no processo de luta pela terra desencadeado no Pontal, ambos os grupos possuem atuações e ações distintas, e vem desenvolvendo uma série de trabalhos, projetos e ações, possuindo um histórico de formação, organização e desenvolvimento de atividades que se diferem uma da outra, com linhas de atuação, ideologia e ligações diretas com outras organizações distintas. Da análise das relações de gênero no processo de luta pela terra, notamos os mecanismos que dão condições para o estabelecimento e perpetuação das relações de poder desiguais e que impossibilitam a construção de espaços igualitários de participação na luta, onde a existência dessas experiências de organização de grupos de mulheres nos forneceu elementos que mostram como sua participação está contribuindo para a fundamentação e dinamismo do espaço geográfico, rompendo com valores que antes conduziam a sua submissão, exploração, etc. seja no âmbito do trabalho doméstico, na lavra e até mesmo na militância.