Brasil, o País das Maravilhas Tropical: guias para emigrantes, propaganda e atração de trabalhadores livres europeus no último quartel do Oitocentos (1875-1897).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Victor Gustavo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202792
Resumo: Durante o século XIX, em especial a partir de seu último quartel, o mundo presenciou o deslocamento de milhões de pessoas partindo do Velho Mundo rumo às terras da América, dentre as quais o Brasil se configurou como um dos principais locais-destino escolhido pelos europeus na chamada Grande Imigração. Profundas foram as transformações que a sociedade brasileira passou no Oitocentos: as progressivas leis abolicionistas, a transformação da terra em propriedade, a queda da Monarquia, a ascensão da República e, certamente, a transição da mão de obra escrava para a mão de obra livre. Se, por um lado, o Brasil recebeu uma parcela significativa desses corpos em movimento, por outro, precisou aplicar altas somas de dinheiro em pecúlios aos migrantes, estabelecer parcerias com associações privadas e elaborar propagandas para divulgar as benesses do território. A presente dissertação tem como objetivo analisar uma categoria dessas propagandas: os guias para emigrantes, aparatos da política imigratória brasileira que se encontram espalhados pelo século XIX. Publicados em diferentes línguas, sobre variadas regiões e com objetivos distintos, os guias para emigrantes se tornam nossa fonte-objeto e balizador temporal deste trabalho. A análise desses impressos, ainda pouco explorados pela historiografia, demonstra uma série de evidências sobre os divergentes caminhos tomados pelo Governo Central e por certas províncias, posteriormente República e estados, cada um com seus planos específicos para o imigrante, uma vez estabelecido em terras tupiniquins.