Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Higor Mozart Geraldo
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Orientador(a): |
Ambrozio, Júlio César Gabrich
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Banca de defesa: |
Chrysostomo, Maria Isabel de Jesus
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Lima, Elias Lopes de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2596
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Resumo: |
“Tudo estacionou!”. Esse era um dos brados utilizados pelo governo mineiro com o fito de narrar a letárgica situação em que Minas Gerais se encontraria nos anos finais dos oitocentos. Argumentava-se que a abolição da escravatura teria contribuído para desorganizar o trabalho e comprometer drasticamente as atividades da lavoura cafeeira. Na tentativa de alterar esse panorama, o governo investiu vultuosas somas na introdução de emigrantes europeus. Mas de que forma seria possível atraí-los? Uma das alternativas se consubstanciou através da divulgação de propagandas nas quais determinados elementos do território – com destaque para aqueles vinculados ao mundo fisiográfico, mas sem que se olvidasse da população e das construções humanas – ganhavam sobrelevado realce na tentativa de pintar uma edênica imagem das Gerais. No entanto, é emblemático atinar que o território – tão efusivamente incensado ao plano discursivo – aparecia representado de forma dissociada daquilo que lhe é imanente: as relações de poder. Na dicção dos políticos, o “território” não passava de uma palavra manejada com o intento de descrever um substrato que abrigava um manancial de belezas naturais, valorosas pessoas e infraestruturas. A despeito de esse sentido esvanecido, os materiais propagandísticos – e demais discursos ao redor da imigração – acabavam trazendo à baila, de maneira velada ou escancarada, os jogos de poder travados no âmbito de um estado que apresentava pronunciadas disparidades regionais. E são justamente tais jogos que conferem um caráter bifronte às alusões territoriais presentes no título deste trabalho: elas se referem às copiosas propagandas que pavoneavam as benesses do “território” mineiro, mas também dizem respeito ao jogo de xadrez no qual os imigrantes eram visualizados como peças medulares para que os representantes da oligarquia rural mineira – quase ia dizendo “reis” e “rainhas” – seguissem ditando as regras no tabuleiro. |