Avaliação soroepidemiológica de cães imunizados contra a raiva com vacina de cultivo celular em campanha anual de vacinação no município de Botucatu/SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Rodrigo Iais da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190966
Resumo: A raiva é uma zoonose transmitida pelo vírus do gênero Lyssavirus, e é considerada uma das enfermidades mais temidas no mundo devido à sua alta letalidade e inexistência de tratamento eficaz. Anualmente morrem mais de 50 mil pessoas por raiva em países subdesenvolvidos. O cão é o principal transmissor da raiva humana nos centros urbanos, responsável por 99% dos casos e 92% dos tratamentos pós-exposição. No Brasil, a raiva animal se apresenta de forma endêmica. A vacinação é o método mais eficiente de prevenção da raiva em cães e, por consequência, a proteção à população humana. No município de Botucatu, SP, há mais de 30 anos não são diagnosticados casos de raiva canina, devido às campanhas anuais de vacinação contra a raiva realizadas há 50 anos. Em 2010, o Ministério da Saúde preconizou o uso da vacina contra a raiva animal de cultivo celular nas campanhas de vacinação em massa. Este estudo teve como objetivo avaliar a resposta imunológica de cães que receberam apenas doses da vacina de cultivo celular contra o vírus da raiva. Para consolidação do tamanho amostral considerou-se uma porcentagem de 80% de adesão com consentimento livre e esclarecido, erro de estimação da ordem de 4% e nível de confiança de 95%. O título de anticorpos para a raiva foi detectado pelo Microteste Simplificado de Inibição de Fluorescência - SFIMT. Todas as discussões analíticas no plano estatístico foram realizadas no nível de significância de 5%. Observou-se que 59,12% (428/724) dos cães possuíam título protetor (≥0,5 UI/mL) e 40,88% (296/724) não tinham desenvolvido titulação protetora de anticorpos contra a raiva. Constatou-se, ainda, que a idade, esterilização, tratamento, vermifugação, quantidade de doses de vacina recebida e o tempo após a administração da vacina são características associadas ao título de anticorpos contra a raiva. Contudo, o sexo, escore corporal, presença de sinais clínicos, tipo de alimentação, local de permanência, interação com outras vacinas e o serviço utilizado para a administração das vacinas não estão associados ao título sérico protetor.