Comparação dos níveis séricos de citocinas, quimiocinas e micropartículas em mulheres com câncer de mama e de ovário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santiago, Aline Evangelista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152366
Resumo: Introdução: A concentração plasmática de citocinas, quimiocinas e micropartículas (MPs) em mulheres com câncer de mama e de ovário é uma forma não invasiva de avaliar a resposta inflamatória/regulatória sistêmica associada a esses tumores e o papel do microambiente formado na resposta pró e antitumoral na paciente. Portanto, o objetivo deste estudo foi comparar o perfil da resposta inflamatória sistêmica do câncer epitelial de ovário (CEO) e do câncer de mama através da medição de citocinas, quimiocinas e MPs, para assim avaliar se existe ou não diferença nesse padrão de resposta inflamatória sistêmica. Métodos: Noventa e quatro mulheres sem evidência de malignidade (n = 30), com câncer de mama (n = 38) ou câncer de ovário epitelial (n = 26) foram avaliadas. Foram coletadas amostras plasmáticas e de tecido tumoral. A avaliação dos marcadores inflamatórios foi realizada pela dosagem de citocinas (IL-1, IL-2, IL-6, IL-10, IL-12, IL-17A, TNF-α e IFN- ), quimiocinas (CXCL8, CXCL -9, CXCL 10, CCL 2, CCL5) e MPs (neutrófilos, leucócitos, monócitos, eritrócitos, células endoteliais, plaquetas e linfócitos) por citometria de fluxo / Cytometric Bead Array. As diferenças entre os grupos foram avaliadas por Kruskal-Wallis. As diferenças com p<0,05 foram consideradas significantes. Resultados: Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias IL-6 (p=<0,001), TNF-α (p=0,004) e IL-12 (p=0,0019) foram significativamente maiores em pacientes com câncer de ovário em comparação com as mulheres com câncer de mama e com o grupo controle. Pacientes com câncer de ovário foram também associadas a maiores níveis de IL-10 (p<0,001) e das quimiocinas CXCL-9 (p<0,001) e CXCL-10 (p<0,001) em comparação aos outros grupos. Os níveis de MPs derivados de neutrófilos aumentaram significativamente em amostras plasmáticas de pacientes com CEO em comparação com mulheres com câncer de mama e do grupo controle (p<0,001). Em contraste, as MPs derivadas de células endoteliais foram menores nas pacientes com CEO em comparação com os demais grupos (p=0,0491). Houve um equilíbrio entre citocinas, quimiocinas e MPs nos grupos de câncer de mama e controle. A rede de citocinas e quimiocinas inflamatórias/regulatórias em pacientes com CEO apresentou maior complexidade em relação aos demais grupos e com fortes interações nas redes entre fatores inflamatórios e imunológicos plasmáticos. Esta rede incluiu mais biomarcadores associados com correlações negativas e positivas entre eles. Conclusão: Este estudo é uma pesquisa promissora e original. Os resultados podem refletir as discrepâncias entre a carcinogênese no câncer de ovário e de mama, sugerindo um padrão inflamatório sistêmico maior no CEO. MPs podem servir como uma nova fonte de informação relacionada à doença.