Relação de citocinas séricas com fatores prognósticos e neoplasias malignas de ovário.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANGUINETE, Marcela Moisés Maluf
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1594
Resumo: INTRODUÇÃO: O câncer de ovário é uma doença de origem multifatorial, com difícil diagnóstico precoce. Tem evolução insidiosa, com sintomatologia tardia, o que leva ao atraso de diagnóstico e tratamento, diminuindo as possibilidades terapêuticas. Existem diferenças no microambiente tumoral entre neoplasias benignas, malignas e tumores não neoplásicos, sugerindo um papel das citocinas na progressão tumoral. Não há estudos quanto à produção local e sistêmica de citocinas em relação aos diversos fatores prognósticos em um mesmo grupo de pacientes. Há necessidade de pesquisa de novos métodos para detecção precoce de lesões neoplásicas malignas, novos fatores prognósticos e estratégias terapêuticas. OBJETIVOS: Relacionar a dosagem de citocinas do perfil TH1 (IL-2, IL-8, e TNF-α) e do perfil TH2 (IL-5, IL-6 e IL-10) no plasma com fatores prognósticos clínicos, laboratoriais e patológicos de pacientes com neoplasia maligna primária do ovário. MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas 30 pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna do ovário, atendidas no Ambulatório de Massa Pélvica da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia/Instituto de Pesquisa em Oncologia (IPON) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM com indicação cirúrgica de acordo com critérios pré- estabelecidos. Realizou-se a coleta de soro pré-operatório para a dosagem de marcadores tumorais. Foram incluídas no estudo as pacientes com diagnóstico confirmado de neoplasia maligna de ovário (n=30). Os critérios de exclusão foram torção do pedículo anexial, neoplasia maligna secundária de ovário (metástase), tratamento antineoplásico prévio; doenças imunossupressoras; e recidiva. Foi realizado ELISA para avaliação de citocinas do perfil TH1 (IL-2, IL-8, e TNF-α) e do perfil TH2 (IL-5, IL-6 e IL-10). Avaliou-se a idade das pacientes, o tipo e o grau histológico, estadiamento, classificação do câncer de ovário em tipo I ou II, sobrevida livre de doença, sobrevida global, marcadores tumorais (CA 125, CA 19.9, CA 15.3, CEA, α-feto-proteína, β-hCG, estradiol e testosterona), relação neutrófilo-linfócito (RNL), relação plaqueta-linfócito (RPL), níveis de hemoglobina e níveis séricos das citocinas. RESULTADOS: Avaliando-se a IL-6, observou-se que níveis séricos mais elevados associaram-se à sobrevida global menor que 60 meses (p=0.0382). Na avaliação da IL-8, níveis séricos mais elevados associaram-se à relação neutrófilo-linfócito≥4 e relação plaqueta- linfócito≥200 (p=0.0198 e p=0.0072, respectivamente), a valores alterados de CA125 sérico (p=0.0457) e a estádio IIIC (p=0.0486). CONCLUSÃO: Há relação entre o aumento de citocinas e fatores de pior prognóstico em câncer de ovário, em especial IL-6 e IL-8. Novos estudos com maior amostra de pacientes são necessários para se confirmar o papel das citocinas como fatores prognósticos, na definição de tratamento e na perspectiva de futuras terapias-alvo.