Os Bruzundangas: uma alegoria da 1ª República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Romão, Ana Paula de Freitas [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94189
Resumo: Este trabalho propõe a análise do livro Os Bruzundangas (1923), de Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922). Nessa obra, cujo título é um brasileirismo que significa “palavreado confuso, algaravia, mixórdia, trapalhada”, com evidente intenção satírica, Lima Barreto, apresenta uma série de caricaturas de um país inexistente, alegoria do Brasil, representado por numerosas províncias: a província dos Bois, dos Rios, da Cana, do Kaphet (essa a mais rica e adiantada de todas) e retrata, em traços panfletários, rápidos e grotescos, em tom nacionalista, xenófobo e ressentido, homens e costumes da 1ª República. A alegoria, em Os Bruzundangas, constrói-se por meio de elementos parodísticos - caricatura, hipérbole - que promovem o desvendamento da inconsistência interior da instituição político-histórico-cultural Brasil. Diante disso, os objetivos deste trabalho são: verificar em Os Bruzundangas as soluções estéticas encontradas por Lima Barreto para realizar sua crítica social; refletir sobre os procedimentos estilísticos empregados pelo autor na elaboração de Os Bruzundangas com o objetivo de verificar o modo como se constrói a crítica; refletir sobre o sentido ideológico do compromisso crítico de Lima Barreto ao denunciar o caráter elitista da 1ª República em Os Bruzundangas