Caracterização soroepidemiológica da infecção por Leptospira spp. em rebanhos bovinos de corte do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Renata Ferreira dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152115
Resumo: Objetivou-se investigar as características epidemiológicas da leptospirose em bovinos e em rebanhos de corte em um dos principais estados pecuaristas brasileiros, Mato Grosso do Sul, de modo a determinar a frequência, as sorovariedades presentes, os fatores de risco associados à infecção pela Leptospira spp., isolar cepas de Leptospira de urina de bovinos de corte e, além disso, comparar os resultados obtidos utilizando a coleção de antígenos de referência com aqueles obtidos usando a coleção de antígenos de estirpes de leptospiras isoladas no Brasil. Para isso, foram analisadas 4.629 amostras de soro sanguíneo de bovinos de corte, machos e fêmeas, de diferentes idades, de 10 rebanhos, as quais foram testadas contra uma coleção de 33 sorovariedades de Leptospira. Para isolamento, as amostras de urina foram provenientes de animais de cinco rebanhos, totalizando 182 amostras. Inicialmente as amostras de soro sanguíneo foram submetidas à prova de Soroaglutinação Microscópica (MAT) para o diagnóstico sorológico da leptospirose, adotando-se como ponto de corte o título ≥ 100, e posteriormente foram coletadas amostras de urina dos bovinos para isolamento de Leptospira. Observou-se que, dos 4.629 animais avaliados pelo teste de MAT, foram observados 3.814 (82,39%) sororreagentes a pelo menos uma das 33 sorovariedades utilizadas de Leptospira spp., com título igual ou acima de 1:100 a uma ou mais sorovariedade de leptospira. Os sorovares mais prováveis de infecção foram: Wolffi 36,49% (905/2480), Shermani 18,43% (457/2480) e Hebdomadis 8,66% (215/2480). A frequência de reagentes entre as fêmeas foi maior que entre os machos. Não se isolou o microrganismo dos animais de nenhum dos cinco rebanhos. Quando realizada a comparação utilizando a coleção de antígenos de referência com a coleção de antígenos de estirpes de leptospiras isoladas no Brasil, houve aumento de 1,23% (57 amostras) na positividade na MAT. Nesse sentido, observou-se alta frequência de animais reagentes, demonstrando a relevância da infecção pelo agente etiológico no Estado; logo, medidas gerais e específicas devem ser implementadas de modo a conter e/ou prevenir a infecção nos animais dessa região.